Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3108

Nona não voltou para casa, caminhando sozinha pelas ruas sem rumo, levando em suas mãos uma camisa que havia comprado para Enzo, mas esquecido de lhe entregar.

O céu, sem aviso, começou a derramar chuva. Não era forte, mas o suficiente para encharcá-la por completo.

O frio que o vento trazia ao seu corpo, de alguma forma, a fazia sentir-se um pouco mais aliviada.

"Embora eu queira desistir"

"Acabo querendo continuar presa a você"

"Infelizmente, bati de frente e ainda não me dei por vencida"

...

"Depois de te amar por tanto tempo, como posso me contentar em ser apenas amiga?"

"Não quero ver você de mãos dadas com outra pessoa"

Na loja ao lado, uma música melancólica ecoava, combinando perfeitamente com o dia chuvoso.

Enzo sempre a tratou como uma menina imatura, mas somente ela sabia o quanto era séria sobre seus sentimentos por ele. Ela não era uma jovem senhora sem experiências, pura como uma folha em branco.

O amor que sentia por ele não era impulsivo ou passageiro; era uma paixão que se aprofundou ao longo dos anos.

Contudo, toda sua dedicação acabou sendo em vão.

Ele nunca se interessou por ela, e sua insistência era apenas um fardo para ele.

Quando aquele que você ama te vê como um peso, seu amor está definitivamente fracassado!

Ela não parava de relembrar os dias que passaram em Cidade Feliz, quando teimosamente se apoiava nele, brincava livremente, e sua tolerância a fazia acreditar que ele nutria algum sentimento por ela.

Por isso, na noite do aniversário de Diego, ela o beijou.

Ela não sabia se sentia arrependimento ou tristeza, e as lágrimas, junto com a chuva, escorriam sem controle.

"Enquanto me ignora"

"Você está aquecendo o coração de quem?"

"A culpa é minha por não ser boa o suficiente e sempre haver alguém para me substituir"

"Boba!" Lídia acariciou seu rosto com carinho, "Descanse bem."

Depois que Lídia saiu, Nona deitou-se na cama, sentindo-se tonta, mas sua mente estava cheia das lembranças dele.

Ela fechou os olhos, e as lágrimas continuaram a escorrer incontrolavelmente. Seu coração doía, uma dor que a inundava como uma maré, sem salvação, sem saída. O desespero e a tristeza a sufocavam.

Ela se cobriu com o edredom, chorando baixinho.

*

Nona adoeceu, ficando deitada na cama, apática, durante todo o dia. À noite, Lídia chamou o médico da família.

O médico examinou Nona, dizendo que era um resfriado por ter se molhado na chuva.

Nona colaborou, tomou remédios e recebeu medicação intravenosa. Na hora do jantar, já não tinha mais febre.

Sra. Navarra e Sr. Navarra vieram visitá-la por um momento, vendo seu estado desanimado, decidiram deixá-la descansar.

À noite, Vicente veio visitá-la.