Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 322

Rodrigo estava na varanda, mãos nos bolsos da calça, sua figura distante e indiferente se destacava diante dos altos prédios que se escondiam sob o céu nublado de um crepúsculo desolado.

O clima cerrado borrava suas feições com a fraca e oscilante luz.

Ele virou-se de maneira irônica para a jovem que o seguira e zombou: "O quarto de hospital é do seu avô?"

Cecília, com semblante sereno, baixou os olhos e disse: "Desculpa, eu menti para você, eu não voltei para Cidade da Nuvem."

"Quem é ele?" perguntou Rodrigo.

"Meu amigo."

Rodrigo soltou uma risada sarcástica. "Um amigo com quem você pode compartilhar a cama?"

Cecília hesitou, franzindo a testa involuntariamente, mas não deu qualquer explicação.

Vendo-a assim, Rodrigo ficou ainda mais irritado. Recordou-se da noite em que ela partira, inquieto, temendo que ela encontrasse alguém perigoso na rua, que seu primo não a buscasse, que algo realmente ruim estivesse afetasse sua família. Ele quase desejou ter ido até Cidade da Nuvem para encontrá-la.

Mas a mentira dela transformou toda a sua preocupação em algo trivial, extinguindo a paixão que ele sentia pelo silêncio dela naquele momento.

Com um sorriso autodepreciativo e sem hesitação nas palavras, ele rebateu: "Para onde você vai, com quem você está, na verdade, não não é da minha conta! Não somos amantes, apenas compartilhamos a cama, prontos para nos afastarmos a qualquer momento!"

Cecília empalideceu, e de repente levantou os olhos para encará-lo.

Contra a luz Rodrigo, era uma sombra cinza, seus traços ainda mais rigidos. "Você interpretou errado nossa relação, seu lugar. Por isso tentou me enganar, me esconder as coisas! Na verdade, não me importo!"

O céu pesado, sem vento, o ar sufocante oprimia o peito, causando desconforto e ansiedade.

Cecília estava pálida, desolada. Apertou as mãos lentamente, sentindo-se como presa diante dos edifícios imponentes, prontos para devorá-la.

Rodrigo esperava uma explicação, mas ela permaneceu em silêncio, empalidecendo ainda mais.

O silêncio sempre foi seu escudo, uma proteção.