Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3667

Bosque olhou para o brilho das lágrimas nos olhos da garota, suas pupilas se contraíram e uma dor profunda tomou conta de seu coração. "Desculpe-me!", disse ele.

Essas também eram as palavras que ele sempre quisera dizer a ela.

Marina deu uma risada irônica e balançou a cabeça. "Não precisa pedir desculpas, você não fez nada de errado. Foi minha cabeça que se perdeu. Agora, pode me soltar?"

"Eu não farei isso de novo. Você poderia confiar em mim mais uma vez?" O homem falou com seriedade em seus olhos.

Marina balançou a cabeça. "Entre nós nunca houve realmente confiança. O pouco que conseguimos construir foi destruído novamente. Não haverá uma segunda chance."

Bosque a encarou. "E se nós nos amássemos? Não seria possível?"

Marina respondeu: "Sabe por que preferi ser mal interpretada por você, ser alvo de sua vingança, sem nunca explicar por que terminei? Porque tinha medo exatamente disso, de você vir me explicar, pedir desculpas, ou até me perseguir!"

Desde o momento em que ela viu Bosque e Quitéria abraçados, tudo entre eles já tinha terminado. Não precisava que ele tentasse reconquistar por qualquer meio.

Ela não contou a razão da separação porque, em seu coração, dizer a ele seria dar-lhe a chance de se explicar, de ser perdoado, e ela não se perdoaria por isso!

O coração de Bosque sentiu uma dor aguda, como se fosse perfurado por agulhas. "Tão decidida assim?"

A voz de Marina estava rouca. "Para ser honesta, antes eu realmente gostava um pouco de você, mas nunca foi amor, e agora nem mesmo gosto mais!"

Bosque apertou a mão dela com mais força e sorriu de forma amarga. "Esse é o seu gostar? Não parece grande coisa!"

Marina sorriu de forma autodepreciativa. "Na verdade, eu me sinto aliviada por não ter me apaixonado profundamente."

Os olhos de Bosque escureceram, seus lábios finos se comprimiram em uma linha reta, e ele assentiu levemente. "Entendi! Sendo assim, vamos nos separar de forma amigável. O Ano Novo está se aproximando, e eu não quero que meu avô se preocupe com isso agora. Após o Ano Novo, encontraremos o momento certo para anunciar nosso rompimento e, então, estaremos completamente livres."

Marina abaixou os olhos, seu rosto inexpressivo, e assentiu. "Está bem."

Teclado correu animadamente ao redor dele, dando duas voltas.

Bosque sentou no chão frio, tirou um cigarro e o acendeu. A fumaça se dissipou na noite enquanto o vento gelado a levava embora.

Teclado parecia perceber que o dono não estava bem e deitou-se, mordiscando levemente a barra da calça de Bosque.

O homem, com uma perna dobrada, estava relaxado e despreocupado. Tragou o cigarro com força, seus olhos negros estavam tão desolados quanto um jardim no inverno. Sem o ódio que antes o sustentava, agora tudo parecia vazio, e ele sentia um desconforto difícil de descrever.

Era um sentimento que nunca experimentara antes e, por isso, não sabia o que fazer.

Teclado gemeu duas vezes e olhou para Bosque com uma expressão de desorientação.

Bosque também olhou para ele; seus olhares se encontraram. Embora nenhum dos dois pudesse adivinhar o que o outro pensava, naquela noite fria, pelo menos tinham a companhia um do outro.