Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3723

Os gansos bicavam o chão, batiam as asas e pareciam muito felizes. Ao ver Marina se aproximar, ainda grasnaram duas vezes.

Na cozinha, Fabricio fritava bolinhos de chuva, e o aroma se espalhava, fazendo o estômago de Marina roncar.

O velho Sr. Santana bateu as mãos para tirar as sementes de capim que usara para alimentar os gansos, colocou-as atrás das costas e entrou em casa.

"Kléber, venha almoçar!"

Marina girou os olhos, aproveitou enquanto o velho Sr. Santana lavava as mãos e o seguiu, dizendo em voz baixa:

"Seu velho, já lhe disse que não tem chance entre mim e o Kléber, por que o chama para cá? Está querendo me complicar?"

"Complicar quem?" O velho Sr. Santana estufou o pescoço. "Me diga, você veio para a Capital para se livrar da família do Felipe e do Bosque, não foi? Se você arranjar um namorado aqui, a família do Felipe ainda vai conseguir te arrastar de volta à força?"

Marina olhou feio para ele. "Mas eu não quero arranjar namorado!"

"Vovô Santana!" Kléber chamou enquanto se aproximava.

O velho Sr. Santana respondeu, sinalizou para Marina ficar quieta e foi até Kléber. Ao vê-lo, abriu um largo sorriso:

"O que foi?"

"É o Fabricio, perguntou se o senhor quer comer pepino em conserva." Kléber sorriu.

O velho Sr. Santana respondeu com carinho:

"Quero sim, venha, vou lhe mostrar nossos pepinos em conserva caseiros, garanto que não se encontra igual por aí."

Os dois se afastaram e só então Marina saiu do banheiro, levando a mão à testa com resignação. Tinha vindo para a Capital querendo paz, mas acabou arrumando mais uma confusão!

Na hora do almoço, Fabricio trouxe um prato de doces típicos da Capital.

Kléber pegou um pedaço de rocambole de goiabada e entregou a Marina:

"Meu avô soube que você vinha, pediu que eu trouxesse isso. Disse que eram seus favoritos quando era pequena!"

Marina ficou surpresa. Os parentes do Kléber também estavam sabendo?

Ela ainda se lembrava do avô de Kléber e perguntou sorrindo:

"O avô Morais está bem de saúde?"

Kléber assentiu:

"Está sim!"

Kléber acrescentou:

"Aquelas ruas gastronômicas de que te falei já estão funcionando, estão muito animadas. O Pátio das Nuvens abriu uma filial lá, vou te mostrar."

Marina não insistiu mais:

"Vou ao quarto trocar de roupa."

Trocou a jaqueta por um casaco leve de plumas e calçou botas de inverno. Saiu com Kléber.

Quando o carro deixou o beco, Marina se virou para Kléber e disse:

"Desculpe, meu avô sempre inventa essas coisas. Não pretendo arranjar namorado, e ainda acabei te chamando, criando essa confusão. Sinto muito."

"Marina!" Kléber interrompeu, com um olhar firme e um sorriso:

"Aquele homem que encontramos no restaurante em Cidade Costeira era seu namorado, não era? Vocês estavam brigando?"

Marina olhou diretamente nos olhos claros do rapaz e assentiu com honestidade:

"É, era meu namorado. Então… me desculpe de verdade!"