Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3740

O vento gelado e a neve batiam na noite que antecedia o amanhecer, e no meio do som trêmulo misturavam-se os suspiros de um homem.

"Você gosta mesmo de mim só um pouquinho?"

"Pequena feiticeira mentirosa!"

"Diga que me ama, que me ama muito!"

......

O vento frio chorava. Marina apoiou-se no ombro dele sem dizer nada, a ponta dos dedos brancos cravando nas costas rígidas dele. Esperou até não aguentar mais ser pressionada, então finalmente murmurou, com a voz trêmula:

"Eu... te amo!"

Bosque, eu te amo!

......

Meia-noite de frio, noite sem conseguir dormir. Quase ao amanhecer, Marina finalmente conseguiu adormecer profundamente, e quando acordou de novo, já eram dez horas da manhã.

Ela abriu os olhos e, de repente, virou a cabeça: só ela estava na cama.

Se não fosse pelo cheiro do homem ainda presente nos lençóis, até acharia que tudo não passou de um sonho.

Para onde ele tinha ido?

Marina despertou de vez, vestiu-se às pressas e saiu.

Ao descer as escadas, viu Bosque sentado em uma cadeira, analisando atentamente um tabuleiro de xadrez com um jogo inacabado.

Marina soltou um suspiro de alívio. Seu avô não tinha ficado bravo, e Bosque não tinha sido expulso. Que bom!

Ao ouvir passos, Bosque levantou o olhar, os olhos brilhando de suavidade. "Acordou?"

As orelhas de Marina ficaram levemente vermelhas. Ela olhou em volta. "Cadê meu avô?"

"Está no quintal alimentando aquele ganso grande!" Bosque se levantou. "Está com fome? Guardei café da manhã para você."

Bosque franziu a testa, olhando para o jogo, enquanto pensava em voz alta: "Se resolver um problema de xadrez me garante a neta dele, isso não é castigo, é recompensa!"

Marina não conseguiu segurar o riso. Olhou ao redor, e discretamente pegou um peão e colocou num local pouco visível, mas crucial. Em seguida, disse, franzindo a testa: "Vô, esse problema não tem solução, de qualquer forma as pretas ganham. Você está dificultando as coisas para ele de propósito, não é?"

Velho Sr. Santana sentou-se na cadeira ao lado, tomando chá. "Se nem meu xadrez consegue resolver, não tem chance com você!"

"Vou tomar café da manhã!" Marina piscou para Bosque. "Boa sorte para você!"

Bosque sorriu para ela. "Tudo bem, coma bastante."

Marina foi até a sala de jantar para tomar café da manhã. Velho Sr. Santana se aproximou e sentou ao lado dela, com expressão séria: "Foi você que deixou ele entrar ontem à noite?"

Marina tomou um gole de mingau e assentiu de forma ambígua. "Ele não queria ir embora."

Velho Sr. Santana a encarou de novo: "Ele realmente dormiu no quarto ao lado do seu ontem?"

O canto dos olhos de Marina se contraiu. Ela pegou um pão de queijo e respondeu: "Sim, onde mais ele poderia dormir?"