Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3841

Ele sabia que Márcia gostava dele. Depois de tê-la rejeitado antes, acabou ficando uma certa distância entre os dois. Se nesse momento ele a afastasse, não seria meio falta de consideração?

Talvez ela estivesse apenas emocionada por causa da trama do filme e só quisesse se apoiar um pouco em seu ombro. Deixou, então, que ela ficasse ali por mais um tempo.

Assim, Bernardo permaneceu imóvel.

O tom do filme estava bastante sombrio naquele momento; a sala de cinema era ainda mais escura. Com os olhos imersos na penumbra, os outros sentidos pareciam aguçados.

Ele notou, por exemplo, a maciez do rosto da garota, sua respiração — e o coração de Bernardo começou a acelerar, enquanto seu ombro direito ficava um pouco dormente.

Ele não gostava de Márcia. Achava que aquilo era apenas uma reação física.

De repente, uma sombra passou ao seu lado. Alguém se aproximou e murmurou: "Quem é você?"

Bernardo virou-se de repente, ficando completamente surpreso.

Mesmo com a pouca luz, reconheceu que quem estava ao seu lado era Márcia. Então, quem era a pessoa que estava apoiada em seu ombro?

O coração de Bernardo disparou e, instintivamente, ele se afastou para trás.

A garota sentada no assento também ficou confusa. Olhou para Bernardo, depois para Márcia, e imediatamente se levantou, olhando ao redor aflita. No escuro, seu rosto estava completamente vermelho: "Eu... eu me sentei no lugar errado, desculpe!"

A garota, constrangida ao extremo, saiu correndo apressada.

Só depois de andar duas fileiras à frente, encontrou o próprio lugar e se sentou.

Márcia: "......"

Tem de tudo nesse mundo!

Ela avançou um passo e sentou-se, olhando para o filme à frente, enquanto brincou em voz baixa: "Voltei mesmo na hora errada!"

Bernardo virou-se para ela e, cerrando os dentes, disse: "O que você está imaginando? Eu achei que era você..."

Antes que terminasse a frase, viu Márcia olhar para ele. No escuro, seus olhares se cruzaram e Bernardo se deu conta, de repente, do que tinha acabado de dizer, fechando a boca na hora.

Após alguns segundos de silêncio, Márcia voltou a olhar para a tela.

Num instante de distração, não houve tempo para qualquer outra reação. Continuaram de mãos dadas, seguindo adiante.

Quando Márcia percebeu, ficou com o rosto levemente corado, virou o rosto e mordeu os lábios, mas não se importou — afinal, foi ele quem ofereceu a mão.

O homem era bem alto, com as mãos largas e os dedos longos e fortes, bem diferentes da maciez das mãos femininas: firmes e secas.

O coração de Márcia batia descompassado; ela não sabia como iria encará-lo depois.

Só quando chegaram à mesa, Márcia fingiu naturalidade ao soltar a mão dele.

O garçom se aproximou sorrindo: "Esses dias tivemos promoção para o Dia dos Namorados. Pratos especiais, casais têm 10% de desconto. Gostariam de ver o cardápio?"

Márcia, sem pensar, perguntou: "E como se prova que dois são mesmo um casal? Tem que se beijar na sua frente?"

O garçom: "......"

Bernardo: "......"