Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3844

O canto dos olhos de Bernardo tremeu, por um momento ele não soube o que dizer. Embora já tivesse recusado Márcia antes, era a primeira vez que ela declarava seus sentimentos de maneira tão direta.

Márcia sorriu com franqueza. "Uma amiga acabou de dizer que o Romário está agora em Cidade de Mar. Se não formos jogar, vamos lá dar uma olhada!"

Romário era um cantor de quem ambos gostavam muito.

"Ótimo, vamos ver o nosso ídolo!" Bernardo assentiu.

Os dois foram até a Rua das Flores, onde Romário estava presente em um evento de uma marca da qual era embaixador, aproveitando para divulgar sua nova música.

A Rua das Flores já era movimentada e animada por natureza, e com a presença de Romário para um show promocional, metade da rua ficou completamente lotada.

Eles precisaram se espremer no meio da multidão, conseguindo apenas ver Romário de longe, no palco.

Romário segurava um violão, seu rosto bonito projetado no telão, e antes mesmo de começar a cantar, já provocava gritos e aplausos efusivos do público.

Vendedores ambulantes circulavam pelo local; Márcia comprou uma tiara de orelhas de coelho que brilhava e colocou na cabeça. Inclinando a cabeça para Bernardo, sorriu de maneira sincera e encantadora. "Ficou bonito?"

Bernardo levantou a mão e tocou levemente nas orelhas fofas, sorrindo. "Ficou ótimo!"

O sorriso de Márcia ficou ainda mais aberto. Ela se pôs na ponta dos pés, tentando enxergar melhor o palco.

Romário começou cantando uma de suas músicas antigas. Os fãs na plateia cantavam junto, e Márcia segurou a mão de Bernardo, levantando-a e balançando de um lado para o outro enquanto cantavam em coro:

"Você é tão encantadora, tão travessa, mas sempre brinca de se afastar de mim!"

"Quero dizer que te amo, não importa o tempo ou a distância!"

"Simplesmente te amo, tão apaixonado!"

...

A mão da garota, exposta ao vento noturno, estava vermelha de frio — macia, gelada, mas firme e decidida ao apertar a mão do rapaz. Bernardo, levado por ela, balançava o braço e, ao olhar para o brilho de excitação nos olhos da garota, sentiu o coração disparar.

Ela era mais calorosa, direta e genuína do que ele imaginava!

*

Quando terminaram o chá, já era bem tarde. Os dois caminharam de volta, enfrentando o vento noturno.

A rua de pedestres ainda estava cheia. Quando a multidão apertou, Márcia aproveitou para segurar a mão de Bernardo.

Bernardo bagunçou de leve o coque de Márcia, brincando: "Já se aproveitou de mim a noite toda, ainda não está satisfeita?"

Márcia ficou levemente corada, mas ergueu o rosto, encarando-o com firmeza: "Você veio até Cidade de Mar, não foi para eu me aproveitar de você?"

Bernardo riu com desdém: "Que cara de pau!"

Márcia ergueu o queixo, orgulhosa: "Agora você aprendeu!"

Bernardo não conteve uma risada.

Por mais longa que fosse a caminhada, uma hora chegava ao fim. Bernardo parou, arqueou uma sobrancelha elegante e disse: "Está bem tarde. Vou pedir um carro para voltar ao hotel. Volte para casa cedo também!"