Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3927

Benício levantou-se e caminhou para longe.

Depois daquela noite, ele e Anna nunca mais se encontraram, exatamente como ela dissera: foi apenas um acaso entre adultos, para quê se importar?

Só que, sem saber o motivo, às vezes ao lembrar daquela mulher, ele sempre rangia os dentes, sentindo uma mágoa entranhada até os ossos.

Achava-se ridículo por isso; aquela mulher provavelmente já o havia esquecido completamente!

Estendeu a mão para pegar um cigarro, mas só então percebeu que não tinha trazido o isqueiro.

Antigamente, ele não fumava. Parecia que, justamente depois daquela noite, em algum momento, ele havia adquirido o vício do cigarro.

Na penumbra, viu alguém apoiado na cerca de madeira cheia de flores, tragando e soltando fumaça; as brasas do cigarro brilhavam de forma efêmera sob o espetáculo incessante dos fogos de artifício, tornando tudo ao redor ainda mais etéreo e irreal.

Benício aproximou-se e falou educadamente: "Amigo, pode me emprestar fogo?"

A pessoa à frente hesitou por um instante e virou-se devagar.

Com o cigarro pendurado na boca, Benício ficou paralisado, o olhar um tanto atônito.

Fogos de artifício explodiam sobre suas cabeças, a luz ao redor oscilava, Anna o fitou, surpresa, mas logo sorriu. Acendeu o isqueiro e aproximou a chama dos lábios de Benício.

Benício esqueceu-se de tragar; tudo à sua frente parecia um devaneio de bêbado.

"Ficou bobo?" Anna brincou.

O cigarro foi aceso, a fumaça dissipou-se suavemente; ele logo tirou o cigarro da boca, olhando para Anna com certo tom de hostilidade. "O que você está fazendo aqui?"

Anna arqueou as sobrancelhas. "A Nona ficou noiva, por que eu não viria?"

Benício assentiu, ainda atordoado, e virou-se para sair.

Anna elevou a voz: "Você ainda vai ficar remoendo o que aconteceu naquela noite?"

Ela parecia não entender. "É pra tanto?"

Benício percebeu o tom provocativo em seu olhar e sabia que ela já tinha namorado; uma raiva de se sentir ridicularizado tomou conta dele. Ele deu um sorriso sarcástico: "Não precisa!"

Virou-se para ir embora, ouvindo Anna gritar atrás dele: "Ei, eu estou falando sério!"

"Eu também estou falando sério. Uma mulher que se deita com qualquer homem não merece ser minha namorada. Ser minha amiga já me dá nojo!" Benício olhou para ela por cima do ombro, a voz cortante como navalha.

Ele viu o rosto dela empalidecer na mesma hora; naquele instante, um fogo de artifício azul iluminou tudo ao redor, tingindo o mundo de azul, tornando sua expressão distante, como se a imagem anterior tivesse sido apenas uma ilusão.

Quando os fogos cessaram, o ambiente voltou ao amarelo pálido. Anna deu um passo atrás, enfiou as mãos nos bolsos da calça e sorriu para Benício com indiferença.

"Nesse caso, não me culpe por não me responsabilizar!"

Benício lhe lançou um olhar, virou-se e saiu apressado.

Anna observou as costas dele se afastando, então se virou devagar, permaneceu no mesmo lugar e acendeu outro cigarro.