Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 3959

Ao ver Ivone cair em meio a uma poça de sangue ao proteger o Velho Sr. Machado de um tiro, Juan ainda sentiu certo pesar. Com o talento e a inteligência de Ivone, mesmo que não alcançasse o mesmo sucesso de Cecília, certamente seria uma jovem excepcional. No entanto, sem justiça, suas qualidades só serviriam para acelerar seu caminho em direção à morte.

Com o caso de Ivone resolvido, Juan achou que era hora de acertar as contas daquele soco com Rodrigo.

Porém, ao ver Cecília e Rodrigo juntos, percebeu de repente que não suportaria nem mesmo vê-la franzir a testa por sua causa.

Não havia problema, com tudo temporariamente resolvido, ele permaneceria em Cidade Costeira, aguardando o nascimento do bebê de Cecília. Rodrigo o detestava, mas não poderia fazer nada quanto a isso — essa era sua vingança!

Despediu-se de Cecília e Mara com alegria.

Atrás dele, Rodrigo parecia já ter adivinhado suas intenções. Apesar do ciúme, não sentia mais a antiga aversão por Juan e levou Cecília de volta para casa.

Ambos os homens, cada um à sua maneira, sentiram-se vitoriosos.

*

Em uma fábrica abandonada próxima à Costa Tripe, perto da Bahia dos Canyons, Tigre estava passando ordens aos seus subordinados. Por fim, perguntou:

"Já conseguiram contato com o Velho Sr. Machado?"

O subordinado assentiu. "Sim, ele já foi levado para um local seguro."

No rosto feroz de Tigre apareceu uma expressão de alívio.

Das cem ogivas nucleares de última geração, agora restavam apenas dez sob seu controle. As outras já haviam sido destruídas por Sr. Jade e seus homens. Porém, se ao menos conseguisse transportar essas dez para o País R, todo o esforço não teria sido em vão.

Tigre era um traficante de armas do estado de Alagoas. Originalmente, ele e Sr. Jade da Bahia dos Canyons não se envolviam nos assuntos um do outro; aceitou esse trabalho unicamente pelo dinheiro.

Antes de transportar as ogivas, Nilo Prado o alertara para ter muito cuidado com Sr. Jade da Bahia dos Canyons.

A noite estava especialmente escura, o céu coberto por nuvens, e não se enxergava nada além do alcance das mãos. Ao longe, as luzes ao redor do depósito e as silhuetas dos guardas patrulhando nas torres de vigilância eram a única referência.

Somente às dez da noite houve a troca de turno na torre de vigia.

O tempo passava lentamente; ao fundo, as montanhas se estendiam em ondas escuras sem fim, como se fossem parte daquela noite profunda — um imenso véu negro cobrindo tudo, criando uma sensação opressiva.

Após a meia-noite, os mercenários emboscados começaram a agir, aproximando-se rapidamente e em silêncio pelas laterais do depósito.

Primeiro, um atirador de elite abateu com precisão o soldado na torre de vigia, que caiu sem emitir um som. Simultaneamente, outros soldados nas demais torres também foram eliminados.

O braço direito de Tigre, liderando mercenários bem treinados, pulou o muro. As metralhadoras já estavam engatilhadas; avançavam em posição defensiva, prontos para entrar em combate a qualquer instante.

O grupo se aproximou silenciosamente dos galpões, organizados em fileiras e separados por categoria; a maior parte era composta por armas e suprimentos militares. Naturalmente, o objetivo daquela noite era o arsenal de armamentos.