Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4151

Henrique Arruda olhou para Iracema; os dois se encararam, ambos em silêncio.

Ubaldo sorriu de modo constrangido: "Henrique Arruda, cuide de Iracema, por favor. Vou subir para ver o que está acontecendo, a Hortência quando enlouquece nem a Jacira e o pessoal conseguem segurá-la!"

Henrique Arruda acenou levemente com a cabeça. "Obrigado!"

"Não precisa agradecer!" Ubaldo voltou-se para Iracema. "Peço desculpas em nome da Hortência. Ela realmente bebeu demais!"

Iracema sorriu de leve. "Espero que, depois que ela ficar sóbria, esqueça tudo o que aconteceu hoje."

Ubaldo retribuiu o sorriso e subiu as escadas.

No amplo salão de jantar restaram apenas Iracema e Henrique Arruda. Iracema sentou-se, olhando para a mesa cheia de pratos e copos usados, e disse em tom brando: "Desculpe, não consegui me controlar por um instante."

"Não foi sua culpa. Você ainda teve paciência com ela, poderia ter feito pior!" respondeu Henrique Arruda. "Quem deveria pedir desculpas sou eu!"

Iracema olhou para o céu já escurecido lá fora e, voltando-se para ele, disse: "Vamos para casa."

Henrique Arruda assentiu calmamente. "Vamos."

No andar de cima

Ubaldo estava de pé diante da janela, observando Henrique Arruda sair de carro. Voltou-se e lançou outro olhar para a Hortência, que ainda fazia escândalo, e disse friamente: "Deixem ela aí, ninguém precisa dar atenção. Deixa ela enlouquecer sozinha!"

Jacira e os outros, que tentavam ajudar Hortência, pararam ao ouvir isso.

Hortência atirou o copo de água que Jacira havia lhe dado no chão. "Não quero água, quero cachaça!"

Ubaldo se aproximou e lhe deu um empurrão. "Ainda não se cansou? Você já fez todo mundo ir embora, vai continuar o show para quem assistir?"

Hortência ficou atônita por um instante e questionou Ubaldo: "Qual é afinal a relação do Henrique Arruda com ela?"

"Seja lá qual for, não diz respeito a você!" Ubaldo chamou Jacira e os outros. "Vamos sair. Deixem o lugar para ela, que faça o escândalo à vontade!"

Iracema respondeu com franqueza: "Uma pessoa doente tende a confiar instintivamente em quem cuida dela."

Henrique Arruda arqueou as sobrancelhas. "Isto é confiança?"

Iracema abriu levemente os lábios. "E o que mais seria?"

Henrique Arruda apoiou o braço no sofá, inclinou-se e, sem se conter, beijou-a nos lábios.

Iracema apertou mais o abraço, abriu os lábios para ele, os dois se entregaram ao beijo intenso, entrelaçando-se, deixando a paixão tomar conta no silêncio da noite.

De repente, o celular de Henrique Arruda, deixado sobre a mesa de centro, começou a tocar. No início, ele ignorou, mas a ligação insistente mostrava urgência.

Henrique Arruda afastou-se um pouco, pegou o celular e, ao ver quem ligava, franziu o cenho.

Iracema também viu o nome na tela: "Hortência".