Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4179

Ele fez uma pausa na entonação: "Ela disse que gostava de mim, eu recusei, não tenho nenhum sentimento por ela."

Iracema olhou para ele em silêncio.

Henrique Arruda de repente entendeu o motivo do distanciamento de Iracema. Ele se aproximou um passo, e explicou com voz grave e paciente: "A discussão que tive agora há pouco com Hortência não foi por causa da Valentina. Eu só me lembrei daquela vez, na Chácara Águas, quando ela te constrangeu. Talvez eu tenha guardado esses sentimentos reprimidos até agora, e hoje, quando a vi dificultando a vida da Valentina, tudo acabou vindo à tona de uma vez."

Iracema ficou um pouco surpresa, mas acreditou nas palavras de Henrique Arruda. Ele não mentiria para ela.

Com tudo esclarecido, Henrique Arruda perguntou: "Ainda quer ir embora?"

Iracema assentiu com a cabeça: "Meu pé já está completamente recuperado. Mesmo que eu não me preocupe se a Valentina vai se incomodar, eu realmente deveria voltar para minha casa. Vou arrumar minhas coisas!"

Assim que ela se virou, Henrique Arruda levantou a mão e segurou seu ombro, apertando levemente com a palma da mão: "Está com tanta pressa para se mudar por causa do Aureliano?"

Iracema levantou o olhar, surpresa: "O que você disse?"

"Aureliano, é por causa dele?" Henrique Arruda perguntou.

A expressão de Iracema mudou sutilmente: "Aureliano é apenas meu cliente."

Alguns clientes importantes e recorrentes costumam enviar convites quando há festas em família, como aniversários, ou quando algum idoso comemora o aniversário de 80 anos; isso é algo comum.

Participar da festa de aniversário da família Nunes fazia parte do trabalho dela, não tinha nada de especial. A família Nunes também não era uma exceção.

O olhar de Henrique Arruda se tornou mais sóbrio: "Valentina disse que vocês estavam prestes a celebrar algo importante. Que coisa importante seria essa?"

Os lábios de Iracema se entreabriram, como se estivesse surpresa, mas logo ela respondeu com calma: "Não sei de onde ela ouviu isso."

Valentina, embora gostasse de Henrique Arruda, não era do tipo que mentiria para semear discórdia; provavelmente ouviu algum boato durante a festa.

Além disso, Valentina provavelmente nem sabia do relacionamento entre ela e Henrique Arruda.

O semblante tenso de Henrique Arruda pareceu relaxar um pouco. Assim como Iracema confiava nele, ele também acreditava nela sem hesitar.

Os dois já haviam dormido juntos e até morado sob o mesmo teto por um tempo, mas, por acordo mútuo, sempre respeitaram certos limites e nunca se intrometeram nos assuntos pessoais um do outro.

Os casacos foram tirados e, do hall até o sofá, roupas e sapatos ficaram espalhados pelo chão.

Henrique Arruda apoiou as pernas longas no sofá, entrelaçando seus dedos com os dela, e beijou repetidamente o local onde ela havia se cortado nos cacos de porcelana. O quarto estava escuro, e, na penumbra, o homem afastou a serenidade habitual de Ângela, como se outro espírito apaixonado tivesse tomado conta de seu corpo.

Iracema respirava ofegante, suas pernas longas e brancas se encolhiam. "Henrique Arruda!"

Henrique Arruda a beijou e perguntou, com a voz rouca: "Comprei um presente para você durante a viagem. Quer ver agora ou prefere esperar até amanhã?"

Iracema já não tinha o mesmo ar nobre e elegante de sempre. Agora estava meiga, sedutora, com o olhar cheio de ternura: "Amanhã."

Henrique Arruda a pegou no colo e a levou para o quarto.

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O vento frio da noite de inverno gemia, como sussurros íntimos entre amantes, rodopiando suavemente ao redor de Kátia e levantando uma tempestade em seu coração.