Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4241

Jacira Vaz tinha acabado de se mudar para uma nova casa. Usando o pretexto de não estar adaptada ao novo ambiente, pediu para Hortência Barros ir ficar alguns dias com ela.

O novo apartamento não era grande, mas ficava numa localização excelente, com uma decoração fresca e elegante. Bastava acrescentar alguns detalhes para poder morar ali confortavelmente.

Hortência, ao saber que Jacira havia comprado o imóvel por mais de dez milhões, perguntou surpresa:

"De onde você tirou tanto dinheiro?"

A família de Jacira era simples, ela ainda tinha irmãos mais novos e as mensalidades da universidade foram pagas com o dinheiro que ela mesma ganhara trabalhando e estudando ao mesmo tempo. O intercâmbio no exterior também tinha sido patrocinado pela família de Lechoga; seus pais jamais poderiam ajudá-la a comprar um imóvel.

Arrumando as roupas de cama novas, Jacira respondeu com um sorriso despreocupado:

"Foi com o dinheiro que economizei nos últimos anos de trabalho. Quando me divorciei, meu ex-marido também, espontaneamente, me deu uma quantia como compensação, talvez por um surto de consciência."

Hortência soltou um riso frio:

"Um sujeito daqueles, você devia ter tirado até a última gota de sangue dele, não podia ter facilitado!"

"Depois que nos casamos, ele até me tratou bem. Por isso, preferi que terminássemos de forma pacífica. Só queria me divorciar, não exigi mais nada." Jacira olhou para Hortência com ternura. "Eu estava ansiosa para voltar!"

Hortência então a abraçou:

"Jacira, que bom que você voltou. Você passou por muita coisa!"

Jacira deu alguns tapinhas em seu ombro:

"Agora voltei. Estamos como antes."

Hortência assentiu com firmeza:

"Nenhuma de nós vai se separar da outra."

Jacira falou baixinho:

"Certo, nunca mais vou embora."

*

Com a chegada do fim do ano, Iracema Valente estava cada vez mais ocupada, e Henrique Arruda também fazia muitas horas extras; os dois não conseguiam jantar juntos há vários dias.

Às vezes, quando Henrique Arruda voltava para casa, Iracema já estava dormindo, ou Iracema chegava tarde, e Henrique ainda estava em reunião no escritório.

Finalmente, no fim de semana, ambos conseguiram descansar um pouco.

O tempo estava ótimo. Às dez da manhã, Henrique Arruda abriu as cortinas e a luz do sol iluminou o quarto, tornando-o claro e aconchegante.

Iracema abriu os olhos, levantou o braço para se proteger da luz e, com voz sonolenta e preguiçosa, chamou:

"Henrique Arruda?"

Ele se aproximou, segurou a mão dela e a colocou sobre a cama, sorrindo levemente:

"Hora de levantar."

De fato, Henrique Arruda voltou logo:

"Preciso sair para resolver uma coisa."

Iracema assentiu:

"Tudo bem."

Henrique Arruda a fitou:

"Não vai perguntar nada?"

Iracema olhou nos olhos dele e balançou a cabeça calmamente:

"Não."

Henrique hesitou por um instante, mas engoliu as palavras e apenas recomendou:

"Se não quiser sair, peça comida por aplicativo. Não tomou café da manhã, então, por favor, almoce. Assim que eu resolver tudo, volto para casa."

Iracema sorriu de leve:

"Pode deixar."

Henrique olhou para ela intensamente por um momento, abriu a porta e saiu.