Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4283

Jacira sorriu suavemente e disse: "Além de uma coceira ocasional no ferimento, não é nada sério."

"Vai acabar ficando uma cicatriz!" lamentou a Velha Senhora.

"É só uma cicatriz, não é nada comparado com a segurança da senhora, vovó," respondeu Jacira, dócil e gentil.

A Velha Senhora olhou para ela com carinho. "O Ano Novo está chegando, quando você vai voltar para casa?"

Jacira mostrou um olhar entristecido. "Estou pensando em passar o Ano Novo aqui em Cidade Costeira. Meus pais já não estão mais em casa, voltar e não vê-los me deixa ainda mais triste. Prefiro passar sozinha."

A Velha Senhora disse com pesar: "Mas você ainda tem irmãos, seria bom voltar para fazer companhia a eles."

Jacira explicou: "Meu irmão vai precisar trabalhar no Ano Novo, e minha irmã vai ficar na Cidade de Seul, onde estuda. Então não tem ninguém em casa."

"Ah!" A Velha Senhora assentiu, compreendendo. "Realmente vai ficar bem vazio!"

"Não se preocupe, vovó. Passar o Ano Novo sozinha não é problema, eu sei cuidar de mim," Jacira respondeu, segurando a mão da idosa e sorrindo docemente.

A Velha Senhora, vestindo uma longa túnica de seda, com expressão bondosa, sorriu e assentiu: "É um sacrifício para você."

"Não é sacrifício nenhum. Ainda estou pensando em preparar uma ceia de Ano Novo para mim, assim não preciso pedir delivery na véspera. Daqui a pouco vou pedir umas dicas para a tia Paiva, a comida dela é a melhor que já provei," elogiou Jacira.

"Ótimo, pergunte o que quiser. Se não lembrar, peça para ela anotar para você," respondeu a Velha Senhora, sorrindo com paciência. "O Henrique também já pediu receitas para ela, ela já tem experiência em escrever receitas."

Jacira, sabendo muito bem para que Henrique Arruda queria as receitas, deixou transparecer um leve traço de melancolia no olhar, mas sorriu: "Não tem problema, ouvindo uma vez eu já memorizo."

A Velha Senhora acrescentou: "O Zhu preparou carne temperada em casa, depois vou pedir para te mandarem um pouco, o sabor é mais autêntico do que as que se compram por aí."

Jacira sorriu discretamente, agradecida: "A senhora é muito boa comigo, vovó."

Conversaram por mais de uma hora. Ao se despedir, Jacira recebeu, conforme prometido, a carne defumada preparada pela tia Paiva.

Quando entrou no carro, Jacira ficou pensativa, franzindo levemente a testa.

"Todo mundo é muito realista," respondeu Jacira, com tristeza na voz. "Eu faço tudo de coração para todos, então o importante é minha consciência estar em paz. O resto, deixo para o destino."

Hortência disse, com pesar: "A família Lechoga não enxerga a realidade, um dia ainda vão se arrepender!"

"Deixa pra lá, vou comprar as coisas para o Ano Novo. Mesmo sozinha, não quero passar necessidade," disse Jacira, sorrindo.

"Jacira, venha passar o Ano Novo na minha casa!" convidou Hortência.

"Obrigada, Hortência, mas não precisa. Prefiro ficar em casa, assim posso aproveitar o tempo para descansar e, depois do Ano Novo, preciso começar a procurar emprego."

"Na noite da virada, vou falar com o Jacira para ele chamar o Henrique Arruda. Vamos passar o Réveillon juntos," sugeriu Hortência. "Da última vez ele faltou, quero ver se ele vai faltar de novo."

Jacira respondeu: "Podem vir para minha casa, moro sozinha, então vocês podem fazer o que quiserem, brincar a noite inteira, não tem problema."

"Então combinado!" disse Hortência, animada, antes de desligar o telefone.