Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4375

Até entrar no elevador e subir ao trigésimo sétimo andar, Cauã não olhou para ela diretamente nem uma vez.

Quando retornaram ao quarto, Cauã finalmente se virou e, com uma voz fria e dura, falou: "Esta é a última vez que te ajudo. Se tentar fugir de novo, vai morrer de forma horrível. Não duvide do que estou dizendo!"

Leocádia apertou os lábios, as lágrimas vieram aos olhos, sentiu uma sensação de injustiça impossível de descrever.

Aquele homem a violentara, ela o odiava profundamente, mas agora era obrigada a depender dele, e nem se atrevia a responder às suas reprimendas.

No fim, apenas baixou os olhos para esconder sua fragilidade e murmurou: "Eu não pensei em fugir. Só quero saber onde Maria está."

O rosto do homem assumiu uma expressão de deboche. "Mal consegue se proteger e ainda pensa em salvar outra pessoa?"

O rosto de Leocádia ficou ainda mais pálido.

Num canto da sala havia um pequeno escritório. O homem não lhe deu mais atenção, entrou no escritório e foi fazer uma ligação.

Leocádia voltou a sentar-se no sofá, abraçando os joelhos, olhando fixa e apaticamente para a mesinha de madeira à sua frente.

Naquele quarto, ela não ousava ir a lugar algum. Apenas o sofá lhe transmitia uma pequena sensação de segurança.

Não podia fugir, nem escapar, não tinha liberdade alguma. Ela não sabia o que o futuro lhe reservava.

Desde o retorno daquele dia, Cauã não a tocara mais. Continuava a mantê-la por perto, talvez pelo motivo que dera a Ubaldo.

Parecia não ter mais interesse por ela, até mesmo demonstrava repulsa, então, mais cedo ou mais tarde, acabaria entregando-a a outra pessoa, ou devolvendo-a para Franciely.

Nesse momento, o que Franciely faria com ela?

Quanto mais pensava, mais ansiosa e perdida Leocádia se sentia.

Cauã não saiu mais o dia inteiro; almoçaram e jantaram cada um por si. Após o jantar, Cauã voltou para o escritório, onde ficou até as dez da noite, quando apagou as luzes para dormir.

Sua rotina era extremamente disciplinada. Talvez fosse essa disciplina que o tornara um assassino frio.

Foi esse o pensamento de Leocádia antes de deitar-se e adormecer.

Um dos invasores atirou. O outro, logo atrás, avançou com a faca, cravando-a violentamente na cama, temendo que o tiro não tivesse atingido um ponto vital, e rapidamente tentou garantir.

Só percebeu que havia algo errado ao enfiar a faca: não havia ninguém na cama, apenas um volume sob o edredom.

Mas já era tarde para recuar; o pulso do homem foi agarrado por alguém e, sem controle, ele mesmo cravou a faca no próprio pescoço.

"Ah!"

O grito na madrugada foi aterrador. O homem armado, ao ver o companheiro ferido, imediatamente atirou contra Cauã, mas nenhum tiro o atingiu.

Leocádia apertou o edredom contra o corpo, olhos arregalados, observando o ambiente sombrio. Cauã saltou do outro lado da cama, acertou um chute na cabeça do homem armado e, em seguida, agarrou-o pelo cabelo, batendo sua cabeça com força contra o criado-mudo!

Seus movimentos eram ferozes, implacáveis—em pouco tempo, os dois invasores estavam neutralizados!

Ao mesmo tempo, passos apressados ecoaram do lado de fora e alguém entrou no quarto, acendendo todas as luzes.