Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4406

Franciely sentou-se com Leocádia e começou a conversar com um homem ao lado, chamado Zacarias: "Hoje, alguém lá de cima veio procurar o Francisco. Ele bebeu um pouco, jantou com eles e foi descansar. Se vocês querem ver o Francisco, ainda vão ter que esperar."

Zacarias vestia uma camisa de cetim azul-marinho e usava um relógio de diamantes no pulso. Seus traços eram comuns, mas havia algo de ameaçador em sua expressão. Ele sorriu levemente e disse: "Não tem pressa, é só rotina mesmo!"

Após dizer isso, lançou um olhar de soslaio para Leocádia e perguntou a Franciely: "É nova aqui?"

Franciely soltou um sorriso frio: "A Débora queria que ela fosse fazer companhia pro Pedro, mas eu não deixei."

"Vai se indispor com o Pedro por causa de uma crupiê?" Zacarias arqueou as sobrancelhas e deu um sorriso irônico.

"Na verdade, não é por ela." Franciely, sem qualquer constrangimento diante de Leocádia, respondeu: "Só não quero que aquela vadia da Débora saia ganhando."

Outro homem, com voz agressiva, interveio: "Pensa que só porque ficou uns dias perto do Francisco pode tomar o lugar da Franciely? Não sabe o tamanho da própria ambição!"

O olhar de Franciely ficou frio: "Por isso mesmo ela está apressada pra se aproximar do Pedro."

Zacarias percebeu a expressão de Cauã, tossiu levemente e sugeriu que o grupo mudasse de assunto.

Leocádia, sentada perto de Jacinta, ouviu tudo e captou o essencial da conversa.

Depois de desabafar um pouco, Franciely parecia mais aliviada e voltou seu olhar para a jovem ao lado de Cauã. Em seguida, notou dois pratos diferentes na mesa e perguntou: "Que comida é essa? Nunca vi antes."

Juliana rapidamente girou o prato na direção de Franciely e sorriu com delicadeza: "É comida típica da nossa terra, Franciely. Prove um pouco."

Franciely tinha traços marcantes, lábios cheios, típica aparência de alguém do interior do País D. Falava um português fluente, mas nunca tinha ido ao País C.

Ao provar um pedaço de peixe, ela comentou sorrindo: "O sabor é bem fresco, nunca comi peixe preparado desse jeito. O Sr. Macedo realmente gosta de você, até pediu pra prepararem comida da sua cidade."

Juliana lançou um olhar tímido para Cauã, os olhos brilhando de vergonha e alegria.

Franciely fez questão de servir um pedaço de peixe para Leocádia e perguntou, sorrindo: "De onde você é?"

"De ver outra mulher ao lado do Cauã, o que sentiu?" Franciely acendeu um cigarro, o rosto envolto por uma nuvem azulada de fumaça. Seu sorriso tinha um toque de sarcasmo: "Você se afastou do Cauã e já tem alguém no seu lugar. Se arrependeu?"

O rosto de Leocádia permaneceu impassível, sem resposta.

Franciely olhou para ela com certo pesar: "Pensei que você fosse esperta, queria te ensinar umas coisas, mas parece que é teimosa e ingênua. Juliana é bem mais inteligente, sabe se adaptar, e o Cauã gosta mais dela."

Leocádia entendeu: Franciely havia acreditado que Cauã gostava dela e quis treiná-la para ampliar sua influência. Agora, decepcionada, desistia da ideia.

Franciely lançou um último olhar em sua direção: "Volte pro trabalho. Acho que a Débora não vai mais te incomodar."

Leocádia já tinha compreendido que todo aquele esquema fora armado por Débora. Agradeceu a Franciely com sinceridade: "Obrigada."

"Vai lá!" Franciely acenou com a mão.

Leocádia voltou ao cassino, ainda pensando no peixe com pimenta que experimentara. Sentiu-se acolhida, embora não gostasse de comida apimentada.