Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4439

A roupa da garçonete era fina e simples, e a arma que ela carregava no corpo era muito evidente. Por isso, ela decidiu entregar a arma para Sérgio. "Você sabe usar isso? Fique com ela para se defender."

Sérgio ficou surpreso. "De onde veio isso?"

Leocádia passou os dedos pelo corpo da arma e respondeu em voz baixa: "Foi alguém que me deu. Fica muito óbvio comigo, melhor você guardar!"

Dizendo isso, entregou a arma para Sérgio.

Sérgio a recebeu com cuidado, quis dizer algo, mas no fim apenas falou: "Já deu a hora, vamos!"

"Tá bom!"

Leocádia respirou fundo, controlou o nervosismo e foi à frente para abrir a porta.

No entanto, assim que abriu a porta, ela ficou paralisada. O susto foi tão grande que sua mente ficou em branco, e ela só conseguiu reagir por instinto: deu um passo à frente e fechou a porta atrás de si, ocultando Sérgio, e abriu um sorriso: "Franciely!"

Franciely estava ali, acompanhada de quatro ou cinco seguranças, olhando para Leocádia com um sorriso irônico. "Nessa hora, ainda quer proteger os outros, Leocádia? Devo dizer que você é esperta ou ingênua?"

Depois, olhou para a pessoa que se aproximava ao lado. "Achei que essa garota ao menos tivesse algum sentimento por você. Mas, olha só, quem diria!"

No momento em que Leocádia viu Cauã, sentiu o sangue gelar nas veias.

Os seguranças já tinham aberto a porta e tiraram Sérgio de dentro.

Franciely aproximou-se de Leocádia, apertou o rosto dela com a mão e sussurrou: "Vou te contar direitinho: o plano de fuga de vocês, Sérgio já me contou tudo!"

Leocádia ficou atônita e rapidamente virou-se para olhar Sérgio.

Sérgio mantinha a cabeça baixa, o rosto tomado pela dor; com voz rouca, murmurou: "Me... desculpe, Leocádia!"

Leocádia olhou para Sérgio, sem acreditar. Por um instante, sentiu vontade de rir. No auge do desespero, decepcionada com o ser humano, tudo o que restava nela era desejo de rir.

Pois é, nem mesmo colegas de quatro anos de convívio mereciam sua confiança. Por que ela confiaria em alguém que conhecia há tão pouco tempo?

A esperança de sair dali se despedaçou de vez, e a confiança desmoronou. O rosto dela ficou pálido como neve, o peito gelado, incapaz de dizer uma só palavra.

Não!

Não queria ser entregue para Franciely!

As lágrimas se acumularam em seus olhos, e quando balançou a cabeça, elas rolaram por seu rosto pálido, partindo o coração de quem via.

Mas o homem não demonstrou nenhum sentimento. Os olhos profundos eram apenas frios, e ele disse, sem emoção: "Está bem!"

"Deixo aos cuidados da Franciely!"

Leocádia olhou para ele através das lágrimas, tomada pelo pânico, quis pedir clemência, mas não conseguiu pronunciar uma palavra sequer.

Cauã lançou-lhe o último olhar, carregado de desprezo e decepção, virou-se e saiu a passos largos, o semblante frio como gelo.

Leocádia baixou a cabeça, sentindo-se esgotada, como se toda a força tivesse sido drenada. De repente, tudo pareceu cinzento, como se nunca mais pudesse voltar para casa. O que a aguardava dali em diante era apenas a escuridão sem fim.