Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4483

Leocádia riu bastante, pegou a fruta e perguntou: "Nós dois, só temos uma fruta. Como vamos dividir?"

"Pode comer sozinha, não estou com fome", respondeu o homem.

Leocádia apertou os lábios, deu uma mordida na fruta e, com expressão de surpresa, exclamou: "Essa fruta está tão doce, experimente!"

Girando a fruta, ela ofereceu ao homem a parte que ainda não havia mordido, aproximando-a da boca dele.

Na penumbra, o homem baixou os olhos para ela e, inclinando-se, mordeu a fruta.

"Não está muito doce?" Os olhos de Leocádia brilhavam de expectativa enquanto ela o observava.

"Está", o homem assentiu levemente.

Leocádia deu mais uma mordida e depois passou a fruta para o homem novamente. Assim, os dois dividiram a fruta, alternando as mordidas.

Com receio de jogar o caroço e, assim, chamar a atenção de quem estava embaixo da árvore, Leocádia acabou colocando o caroço na boca e o engoliu também.

De fato, o ambiente pode transformar as pessoas. Em casa, quando a tia comprava as melhores frutas e as arrumava em bandejas bonitas, Leocádia ainda escolhia e rejeitava, comendo apenas uma ou duas fatias.

Agora, até o caroço azedo e amargo de uma fruta ela conseguia comer com gosto.

Por alguma razão, ela realmente não sentiu nenhum amargor.

Relaxada, encostou-se no peito dele, virou levemente a cabeça para cima e percebeu que havia muitas estrelas brilhantes de Isolda no céu.

Sentada no topo da copa da árvore, parecia estar muito próxima do céu noturno. As estrelas cintilavam, densas como uma bússola celestial, uma visão impossível de se ver em Cidade Costeira.

Debaixo da árvore, os inimigos estavam em alerta, enquanto no céu havia apenas nuvens claras e estrelas. Era realmente difícil descrever essa sensação.

Leocádia disse suavemente: "Cauã, vamos conversar um pouco?"

"O que você quer que eu diga?" Os olhos profundos do homem fixaram-se nela. "Falando de outro homem enquanto está nos meus braços, o que espera que eu diga?"

Leocádia olhou nos olhos dele, o coração deu um salto e ela ficou sem reação.

Cauã apoiou o corpo dela com um braço, aproximando-os ainda mais, tão próximos que, mesmo sob a luz tênue da lua, era possível ver claramente o rosto um do outro.

O homem ergueu a mão, acariciou o rosto dela e deslizou até o queixo, levantando-o suavemente.

A textura áspera dos dedos dele provocou uma série de arrepios em Leocádia; o coração acelerou, todo o corpo parecia anestesiado, os lábios entreabertos, a expressão atônita.

O olhar escuro de Cauã se fixou nos lábios dela, e ele foi se inclinando lentamente.

A respiração de Leocádia ficou mais curta, ela baixou os olhos involuntariamente e sentiu como se tudo ao redor tivesse ficado subitamente em silêncio, ouvindo apenas a respiração profunda do homem ao lado.