Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4551

Tribo Dothar

Na fronteira entre Costa Tripe e País D, viviam mais de vinte mil membros da Tribo Dothar, ocupando uma posição geográfica privilegiada: a oeste, as vastas pradarias de Ugae; a leste, a importante rota comercial marítima da Baía de Lede, um polo estratégico de comércio. Embora fosse chamada de tribo, sua estrutura política, econômica e militar era completa, contando ainda com abundantes recursos minerais, o que a tornava extremamente rica, comparável a um pequeno país.

O centro do poder supremo da tribo era composto pelo cacique e pelo conselho dos anciãos, sendo o cacique a figura de maior autoridade e detentor do poder absoluto.

Devido à vasta extensão das pradarias sob seu domínio, os membros da Tribo Dothar eram conhecidos por sua força e robustez, além de sua fama nacional como mestres na arte da falcoaria e do treinamento de aves de rapina.

Um ano antes, Francisco se feriu durante uma negociação em Costa Tripe e foi resgatado por Cauã, que o levou de volta para sua tribo.

Depois, Francisco descobriu que Cauã era filho do cacique, dotado de habilidades excepcionais e de personalidade reservada e estável. Por isso, Francisco fez questão de conquistá-lo como aliado próximo e o levou consigo para País D.

*

Cauã e Urcina fizeram conexão em Cidade Estrela, na Federação do Mali. Quando chegaram à Cidade Estrela, já era tarde da noite, então os dois se hospedaram em um hotel próximo, aguardando o embarque no dia seguinte para retornar à tribo por via marítima.

Já era madrugada quando entraram no hotel. Urcina apresentou seu cartão à recepcionista. "Uma suíte, por favor."

Ela se virou para Cauã. "Sou sua noiva, é claro que vamos ficar juntos no mesmo quarto! Além do mais..."

A voz de Urcina pausou, carregada de um significado sugestivo. "Tenho medo de escuro quando durmo sozinha!"

Cauã lançou-lhe um olhar rápido e respondeu em tom calmo: "Você decide."

Urcina sorriu para a recepcionista, radiante: "Então, uma suíte."

A recepcionista lançou um olhar admirado para Cauã, registrou a reserva no sistema e entregou o cartão do quarto ao casal. "Desejo uma excelente estadia. Qualquer necessidade, não hesitem em nos chamar."

Um funcionário do hotel levou as malas de Urcina e acompanhou ambos até o quarto.

Com delicadeza, ela estendeu os dedos em direção ao lençol que cobria Cauã e murmurou baixinho: "Para te agradecer, esta noite você pode me ter sem reservas. Garanto que será uma surpresa."

O rosto de Cauã permaneceu impassível, seus longos olhos negros brilharam repentinamente com frieza. Num movimento rápido, ele envolveu Urcina no lençol e, em um salto ágil, deu um pontapé no homem que entrava pela janela, lançando-o para fora.

Logo em seguida, a porta do quarto foi arrombada e mais de uma dezena de pessoas invadiram, disparando contra Cauã. Pareciam querer deixá-lo vivo, mas temiam suas habilidades e, por isso, miraram nas pernas, tentando impedi-lo de fugir.

O som dos tiros era ensurdecedor, misturado aos gritos apavorados de Urcina.

"Ah!"

Com um giro ágil, Cauã rolou para o lado oposto da cama. Um brilho mortal reluziu em sua mão enquanto desembainhava uma faca. Em um só golpe, abriu um corte profundo em seu agressor, que tombou para trás, olhos arregalados, sem tempo para reagir.

Os tiros ecoaram em meio à confusão e tensão. Sob a luz tênue, os assassinos sentiram-se ameaçados, mas não conseguiam localizar Cauã com precisão.