Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4556

Joli continuava olhando para o perfil frio dele, seus passos inconscientemente desaceleraram. Ao se aproximar, ajeitou o vestido longo e sentou-se ao lado, sorrindo:

"Você recusou meu pai porque ainda não superou aquela garota?"

Cauã encostou-se ao tronco da árvore, levantou o rosto para o vasto céu estrelado e respondeu com voz calma:

"Há muitos motivos."

O olhar de Joli era cheio de ternura:

"Eu sei que, se você quiser, nada pode te impedir! Meu pai tem duas esposas oficialmente, e inúmeros casos em segredo, então não vou exigir que você tenha só a mim. Você pode trazer aquela garota para cá, eu me darei bem com ela!"

Cauã virou-se para olhar para ela, com um olhar profundo:

"Ela não permitiria que outra pessoa me tivesse."

O olhar de Joli mudou:

"Esse direito parece estar em suas mãos."

Cauã parecia pensar na garota, um brilho passou por seus olhos:

"Não, está nas mãos dela."

Joli não entendeu o que ele quis dizer, arqueou as sobrancelhas:

"Você a mima tanto assim? Estaria disposto a abrir mão de poder, riqueza e até de inúmeras mulheres por causa dela?"

Cauã flexionou uma perna longa, sua expressão era um tanto indiferente, como se não quisesse discutir Leocádia com Joli. Depois de alguns instantes, disse suavemente:

"Tudo isso que você mencionou é passageiro. Ela não é, então não dá para comparar."

O tom do homem era meio displicente, mas justamente por isso ficava ainda mais claro: ele realmente não se importava com nada daquilo.

Nada podia ser comparado àquela garota em seu coração!

Naquele momento, Joli sentiu uma súbita inveja da garota, até ciúmes, ciúmes a ponto de querer destruir tudo:

"Aquele dia ela viu com os próprios olhos nós dois juntos, achou até que tínhamos um compromisso. Você acha que ela ainda pode te perdoar?"

"Isso é problema meu, não seu!"

Cauã levantou-se, com atitude fria, e caminhou a passos largos de volta para onde acontecia a festa.

O cacique, ao vê-lo retornar, o recebeu calorosamente, insistindo para que continuasse bebendo, sem tocar novamente no assunto de pedir que ele ficasse, sendo tão amistoso quanto antes, como se nada tivesse acontecido.

Já era tarde da noite quando a festa terminou, e todos voltaram para a cidade para descansar.

O cacique levantou-se, foi até ela e sorriu:

"Você sempre foi determinada, não vai desistir tão fácil, vai?"

"Claro que não. O que eu quero, eu consigo!" Nos olhos de Joli, reacendeu-se a determinação.

O cacique assentiu satisfeito:

"Essa sim é minha filha!"

Nesse momento, a empregada entrou trazendo uma bandeja, sobre ela uma tigela de canja de galinha preta com ginseng.

O cacique indicou que a empregada entregasse a bandeja a Joli e recomendou:

"Cauã só bebeu hoje à noite, não comeu nada. Vá demonstrar seu cuidado, leve a sopa para ele no quarto."

Joli não queria ir, pois já havia sido rejeitada naquela noite e não achava apropriado tomar a iniciativa novamente.

O cacique lançou-lhe um olhar significativo:

"Vá, talvez hoje seja sua melhor oportunidade!"

Joli hesitou por um instante, com um traço de orgulho nos olhos, relutante em recorrer àqueles métodos para conquistar um homem. No fim, estendeu a mão, pegou a bandeja sem dizer nada e saiu do quarto.