Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4562

Durante todo o trajeto, Leocádia não ousou olhar para Iván, mantendo o rosto voltado para a janela. Do lado de fora, a noite era bela e intensa como fogo, refletindo em suas faces ruborizadas, conferindo-lhe ainda mais graça.

Iván segurou a mão dela entre as suas, confortando-a em voz baixa: "Calma!"

Leocádia ficou ainda mais constrangida e puxou a mão de volta: "Quem está nervosa?"

Iván sorriu de canto: "Eu estou!"

Leocádia lançou-lhe um olhar de reprovação com olhos brilhantes como águas de verão.

O carro seguiu veloz, e logo chegaram à residência de Iván. Ao descerem, o homem manteve a mão dela entrelaçada na sua, conduzindo-a até o elevador e subindo juntos.

Leocádia ficou um pouco para trás, observando a silhueta imponente do homem à sua frente. O coração, que finalmente começara a se acalmar, voltou a acelerar.

Quando estavam no País D, era diferente; ela agira por necessidade, pela sobrevivência. Mas agora? Ela voltara para casa com um homem sem hesitar, algo que contrariava os valores com que fora criada desde pequena.

A ansiedade aumentou junto com o nervosismo.

No entanto, Iván não lhe deu chance de recuar. Assim que entraram, ele a pegou no colo e a levou diretamente para a sala, depositando-a suavemente no amplo sofá antes de se inclinar e beijá-la.

O cômodo estava mergulhado em penumbra, e apenas o calor intenso da presença de Iván a envolvia completamente.

Antes, Leocádia sentira curiosidade sobre como seria a casa de Iván, mas agora nem teve tempo de olhar em volta.

Enquanto a beijava, Iván tirou o próprio casaco e, em seguida, começou a desabotoar habilidosamente a blusa de lã dela.

No sofá preto, a jovem exibia ombros delicados, braços finos e uma cintura de curvas suaves e sensuais. Sua expressão doce e encantadora fazia qualquer um desejar devorá-la inteira.

Iván afastou as mãos dela e, com o olhar já escurecido, perguntou: "O que foi?"

Leocádia ergueu levemente a cabeça; a insegurança em seus olhos foi dando lugar a um brilho de desejo. Ela mordeu levemente o lábio e, com voz suave e sedutora, pediu: "Deixa eu tocar!"

Iván sorriu de leve, ergueu o corpo e tirou a própria camiseta, pegando a mão dela e levando-a ao seu peito.

Iván acendeu o abajur ao lado da cama e entrou no banheiro.

Com o quarto iluminado, Leocádia abraçou o edredom e passou a observar o espaço. A decoração era sóbria e limpa: piso de madeira escura, cama cinza-azulada, um criado-mudo com moldura de metal preto de um lado, e uma poltrona de outro.

Sobre a poltrona havia uma caixa de cigarros e um isqueiro de metal.

A cama sob ela era enorme, certamente feita sob medida, maior que uma cama comum em quase um terço.

Apesar do tamanho, o quarto não parecia nada apertado. Todo o ambiente transmitia uma sensação de contenção, frieza elegante e muito bom gosto.

Esse requinte, sem dúvida, vinha da qualidade luxuosa de cada objeto.

Era completamente diferente do que ela imaginara!

Leocádia sempre acreditara que Iván enfrentava dificuldades para ganhar dinheiro, que, com uma família numerosa, levava uma vida apertada.