Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4564

Ele se sentou à beira da cama e viu que a garota já dormia profundamente, deitada de lado. Seus cílios longos e espessos projetavam sombras delicadas como leques, o rosto era macio e suave, e a ponta do nariz, levemente arrebitada, captava um brilho tênue de luz, tornando-a extremamente adorável.

Ela realmente estava exausta, pensou ele; até durante a ligação telefônica ela conseguiu adormecer.

Sem conseguir se conter, ele levantou a mão e acariciou o rosto dela. Lembrou-se do tom de Maria ao telefone há pouco, como se ele fosse devorar Leocádia.

Bem, de certo modo, ele a devorou mesmo.

Desmontou os ossos, engoliu viva, não deixou nada!

Ele não pôde evitar um leve riso, apagou a luz e, ao deitar-se, abraçou sua garota, fechando os olhos com tranquilidade.

Mesmo depois de mais de meio ano separados, Leocádia ainda se lembrava, no fundo da memória, daqueles costumes antigos. Acomodou-se silenciosamente em seus braços, roçando de forma dependente o peito dele.

*

No dia seguinte

Quando Leocádia acordou, o quarto estava escuro e silencioso, com as cortinas fechadas, impossibilitando saber que horas eram.

Ela piscou, sentindo o corpo dolorido e cansado, fechando os olhos novamente.

Depois de alguns instantes, abriu-os mais uma vez, os olhos girando de um lado para o outro, até que levantou a cabeça e olhou para o homem ao seu lado.

Iván apertou a cintura dela, a voz rouca do despertar:

"Você acordou!"

"Uhum..." O olhar de Leocádia vacilou, apoiada no braço dele. Por um momento, ficou imóvel, tentando agir naturalmente.

Iván, de repente, virou-se e a prendeu sob seu corpo, os olhos negros a fitando intensamente.

"Jacinta!"

Leocádia imediatamente apoiou as mãos no peito dele:

"Se quiser conversar, fale direito!"

Iván quase riu com a reação dela. Pegou sua mão e a colocou sobre o travesseiro, olhando em seus olhos e perguntando:

"Qual é a nossa relação?"

Leocádia arregalou os olhos.

"Fale!" Iván franziu a testa.

Os olhos de Leocádia se moveram rapidamente, e ela respondeu baixinho:

"Ontem à noite... não ficou claro?"

"Diga novamente." Os traços firmes do homem demonstravam total atenção.

"Você é... meu namorado. E eu sou sua namorada!" Leocádia o encarou, pronunciando claramente as palavras.

O canto da boca dele se curvou:

"É bom que se lembre!"

Leocádia assentiu timidamente:

"Entendi."

Iván baixou a cabeça e beijou sua testa:

"Durma mais um pouco. Vou preparar o café da manhã."

Leocádia respondeu:

"Tá bom!"

O homem se vestiu e saiu. Leocádia ficou deitada sozinha, o quarto e os lençóis impregnados com o cheiro dele. Deitada na cama dele, abraçada ao cobertor, sentiu uma alegria difícil de descrever, como se uma forte vontade de possessão tivesse enfim sido satisfeita.

Os olhos dela giravam de um lado para o outro, as mãos batendo suavemente no edredom, aproveitando a pouca luz para examinar novamente o quarto dele.

De repente, o celular acendeu. Ela esticou a mão para pegá-lo e, só então, percebeu que já eram dez horas da manhã.

"Vixe!"

Dormiu tanto assim!

No WhatsApp, várias mensagens novas. No topo, a mãe perguntando a que horas ela chegaria em casa.

Leocádia imediatamente se sentou na cama. Era fim de semana; na véspera, ela tinha ligado para a mãe, avisando que voltaria para casa hoje.

Ela olhou rapidamente para a porta fechada e ligou de volta para a mãe.