Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4604

Iván respirava com certa dificuldade, e com a ponta do dedo acariciou suavemente o canto dos lábios dela, dizendo em um tom rouco: "Se estiver se sentindo mal, durma um pouco. Eu vou ficar aqui com você o tempo todo."

"Tá bom."

Os cílios de Leocádia tremeram levemente, e no ar pairava uma atmosfera sutilmente ambígua. Ambos sabiam o que era, mas ela não ousou deixar transparecer as batidas aceleradas do seu coração, então apenas fechou os olhos.

Ela realmente não estava se sentindo bem e, depois de algum tempo com os olhos fechados, acabou adormecendo de verdade.

Quando acordou novamente, o quarto estava mergulhado na penumbra, e a agulha que estava em sua mão já não estava mais lá.

Ela se sentou imediatamente, um pouco aflita, e chamou: "Iván!"

Ouviu-se o som da porta, e Iván entrou. Sua postura alta e firme transmitia uma sensação instantânea de segurança.

"Fiz um pedido para trazerem o jantar, fiquei com receio de te acordar!" Iván se aproximou a passos largos, primeiro tocou a testa dela com a mão, depois a envolveu nos braços, apertando-a contra o peito. "Não tenha medo, não vou a lugar nenhum."

Leocádia também não sabia por que dependia tanto dele. Talvez fosse a fragilidade causada pela doença, talvez fosse a saudade de tantos dias sem vê-lo.

Ela o abraçou com força, escondendo o rosto em seu peito e murmurou suavemente: "E agora, o que eu faço? Eu te amo tanto!"

Naquele instante, ela compreendeu com toda a clareza: sem ele, ela certamente morreria!

O coração de Iván estremeceu, e ele não parou de beijar o rosto dela.

Leocádia virou-se para beijá-lo; seus olhos, tão profundos quanto a água do outono, transbordavam de amor e ternura, querendo entregar-se por completo a ele.

Iván logo reagiu, segurando o rosto dela e dizendo, ofegante: "Vamos jantar primeiro."

Leocádia, um pouco atordoada pelos beijos, assentiu devagar.

Iván respirou fundo e pediu que Leocádia esperasse, enquanto ele mesmo trouxe o jantar.

As comidas estavam bem leves; Iván serviu a sopa, sentou-se na beira da cama e começou a alimentá-la colher por colher.

Com as mangas arregaçadas, os músculos dos braços delineados, os dedos longos e firmes, ele definitivamente não parecia ser alguém acostumado a esse tipo de cuidado delicado, mas seus gestos eram incrivelmente gentis.

Depois do jantar, Leocádia sentiu-se bem melhor. Por ter dormido a tarde toda, ficou especialmente desperta durante a noite.

Tânia mandou mensagem perguntando por que ela não tinha ido ao centro cultural.

Leocádia apenas respondeu que estava gripada e que tinha pedido licença para descansar dois dias.

Pouco depois, Tânia ligou e foi direto ao ponto: "Isso tem a ver com o Xande, não é?"

Leocádia, surpresa, perguntou: "Como você sabe?"

Tânia respondeu: "O Xande foi preso."

Leocádia ficou paralisada por um momento e olhou para Iván conversando ao telefone na sala. Entendendo tudo, contou a Tânia tudo o que havia acontecido na noite anterior.

"Bem feito!" Tânia exclamou indignada. "Sempre disse que, além de burro, ele ainda é ruim, e mais cedo ou mais tarde seria destruído por aquele pessoal que anda com ele!"