Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4807

O assistente de direção respondeu, olhou ao redor e foi para um canto mais reservado discutir os detalhes com o diretor geral.

*

No sábado, até Leocádia tirou folga, mas Tânia ainda precisava trabalhar até mais tarde.

Leocádia finalmente percebeu que algo estava estranho e ligou para Tânia, preocupada: "Por que você anda fazendo tantas horas extras ultimamente? O Nico está fazendo isso de propósito? Vou ligar pra ele."

Tânia, temendo que Nico dissesse bobagens para Leocádia, tratou logo de impedir: "Não liga! Isso não tem nada a ver com ele, é só porque o trabalho está muito puxado, vai sair um produto novo e todo mundo está fazendo hora extra."

Leocádia respondeu com um "ah", e disse: "Então se cuida, não se esforce demais. De vez em quando, dar uma escapada ou enrolar um pouco não faz mal."

Tânia riu suavemente: "Pode deixar, eu sei."

Leocádia riu também: "Vou passar em casa daqui a pouco e pedir pra Gilda preparar um caldo. Amanhã à noite levo pra você."

A voz de Tânia se tornou mais suave: "Obrigada."

"Que isso, não precisa agradecer. Minha mãe sempre fala que sua família não está aqui, então nos fins de semana é pra eu te levar lá em casa e fazer alguma coisa gostosa pra você comer." A voz de Leocádia era clara e agradável. "Então, semana que vem você vai lá em casa de novo."

"Claro!"

Elas conversaram mais um pouco, até que Leocádia precisou ir para casa. Tânia pediu para ela tomar cuidado no caminho: "Quando chegar, não esquece de me avisar."

"Pode deixar, não vou esquecer!"

"Tchau!"

Tânia desligou o telefone, ainda com a expressão suave no rosto, mas logo ficou séria e se virou de repente.

Jogou todo o copo de água gelada no rosto de Nico.

Era verão, a água estava gelada e ainda tinha gelo. A água fria, junto com os cubos de gelo, atingiu o rosto de Nico, que estremeceu na hora!

Os cubos caíram no chão, a camisa dele ficou toda molhada no peito, o rosto coberto de água e seus olhos escuros, agora úmidos e frios, fitaram Tânia com uma expressão sombria.

Acostumado a ser mimado e orgulhoso, Nico nunca tinha passado por uma humilhação dessas. Ele apertou os lábios, levantou a mão e agarrou Tânia pela gola, pronto para jogá-la contra a porta.

Mas Tânia também foi rápida; segurou o pulso de Nico e tentou acertar o cotovelo no pescoço dele.

Porém, a força e a experiência de Nico eram superiores. Ele desviou do ataque, afastou o braço dela com um movimento rápido e, segurando a gola dela, a empurrou com força — "pá" — contra a porta.

No instante em que Tânia tentou reagir, os dedos longos de Nico já apertavam o pescoço dela. Ele falou friamente: "Não se mexa. Eu já disse: esse seu kung fu de amadora não serve pra nada comigo!"