Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4830

Leocádia riu e se recostou na cadeira, "Você acha que ele vai contar exatamente o que eu disse para a Família Henriques?"

Iván lançou-lhe um olhar divertido, "Você quer mesmo se tornar tia da Fabiana?"

Leocádia arqueou as sobrancelhas, radiante como a luz da lua, "Se eles aceitarem, posso considerar!"

Iván riu baixinho, depois perguntou, "O diretor do museu já te ligou?"

O sorriso de Leocádia diminuiu um pouco. Ela balançou a cabeça, "Ainda não!"

O diretor era quem sabia de toda a verdade. Agora que a situação tinha chegado àquele ponto, ele provavelmente ficou sem jeito de procurar Leocádia.

Iván assentiu calmamente, "Se o diretor ligar, não importa o que ele diga, não aceite nada. Eu vou resolver."

Leocádia lançou-lhe um olhar e assentiu levemente, "Está bem."

Nesses dias, tanto a família quanto o irmão dela já tinham ligado, mas ela confiava instintivamente em Iván e, por isso, disse à família para não se preocupar com nada.

*

Iván conhecia melhor do que ninguém o gosto de Leocádia e a levou de carro ao restaurante preferido dela.

Os dois encontraram uma mesa e se sentaram. Iván deixou que Leocádia escolhesse os pratos.

Leocádia sorriu, "O Yeray ainda não chegou, vamos esperar por ele!"

Iván respondeu, "O Yeray teve um compromisso, provavelmente não vai conseguir vir hoje à noite, ele pediu para não esperarmos."

"Ele..." Assim que começou a falar, Leocádia logo entendeu o que estava acontecendo. Uma expressão levemente irritada passou pelo seu rosto e ela resmungou, "Agora você também sabe mentir!"

Os olhos de Iván, negros como a noite, permaneciam profundos mesmo sob as luzes do restaurante, "O Yeray só vem quando você aceita o convite. E se fosse só eu a te convidar? Eu sou menos importante que os outros?"

Leocádia ficou sem resposta, e só depois de um tempo respondeu baixinho, "Claro que não!"

"Então está tudo certo!" Iván sorriu de leve, "Por que ainda está preocupada?"

Leocádia sorriu, "Então vamos pedir."

Ela olhou o cardápio por um tempo e, de repente, ergueu a cabeça, "Você armou para mim!"

Depois do jantar, enquanto Iván foi buscar o carro, Leocádia recebeu uma ligação de Tânia.

Tânia perguntou por que ela não estava em casa.

Leocádia não escondeu nada e respondeu com sinceridade que estava jantando fora com Iván.

O tom de Tânia ficou mais neutro, "Vocês voltaram?"

Leocádia olhou para a ponta dos pés e respondeu baixinho, "Não."

Tânia perguntou, "Está balançada?"

Leocádia respondeu, "Também não."

No tom de Tânia havia uma pontada sutil de amargura, e ela comentou, "Mas dá para perceber que você está feliz agora."

Leocádia não respondeu de imediato. Ela ergueu os olhos para as ruas da cidade iluminadas sob o céu noturno, onde as luzes pareciam estrelas. Em seus olhos também havia um brilho de estrelas, "Tânia, nesses dois anos em que Iván esteve ausente, esta cidade, para mim, estava ‘morta’. Eu vivia aqui, mas não sentia o pulsar do lugar. Agora ele voltou, voltou em segurança, e não importa onde ele esteja, se nos encontramos ou não, sinto que estou viva, e que esta cidade voltou a ser viva também."