Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4871

Tânia olhou para a disposição do quarto, percebeu claramente que era um hotel e disse: "Ontem à noite fiquei até tarde no trabalho e acabei encontrando um hotel perto da empresa para passar a noite."

Só então Leocádia ficou aliviada e resmungou: "Por que não avisou a mim e à Maria?"

"Estava tão ocupada que acabei esquecendo, foi minha culpa!" Tânia respondeu com uma risada baixa.

"Que bom que está tudo bem!" Leocádia sorriu. "Acabou de acordar? Já está na hora de ir para o trabalho, levante-se e vá tomar café da manhã."

"Já sei!"

Após encerrar a ligação com Leocádia, Tânia dobrou uma perna, apoiou o cotovelo no joelho e passou a mão com força pelos cabelos curtos, tentando se lembrar do que havia acontecido na noite anterior.

Ela parecia ter ficado bêbada... e não conseguia se recordar de absolutamente nada depois disso.

Quem a tinha levado até o hotel?

O idiota do Nico?

Sua cabeça doía ainda mais!

Pegou o celular, conferiu as mensagens e, por fim, resolveu ligar para Nico.

Após três toques, a ligação foi atendida. Tânia, de repente, não sabia o que dizer. Do outro lado, Nico também ficou em silêncio. O silêncio durou uns cinco ou seis segundos.

Logo, a voz impaciente de Nico soou do outro lado: "O que foi? Ainda não se recuperou da ressaca?"

Tânia inspirou fundo e perguntou com voz calma: "Foi você que me trouxe para o hotel ontem à noite?"

Nico parecia também ter acabado de acordar e respondeu com um "uhum" carregado de sono.

Tânia disse: "Desculpe por ter te acordado. Ontem à noite... obrigada! Pode voltar a dormir."

Nico perguntou: "Quer saber o que você disse enquanto estava bêbada ontem?"

Tânia ficou surpresa e perguntou com a voz um pouco rouca e tensa: "O quê?"

A voz de Nico, em tom de deboche, parecia conter uma risada: "Você ficou me chamando de pai o tempo todo!"

Tânia ficou em silêncio.

Quando Tânia já quase tinha conseguido esquecer o que havia acontecido naquela noite, uma ligação quebrou completamente sua tranquilidade.

"Tânia, amanhã já volto para Cidade Q. Vamos nos encontrar para conversar direito." A voz do homem era calorosa, como a de um parente mais velho. "Assim, quando eu voltar, posso dar uma satisfação para sua mãe."

A última frase só Tânia compreendia—aquele homem estava ameaçando-a!

A voz de Tânia ficou sombria: "Pode contar para minha mãe, eu não volto mais para Cidade Q."

"Não vai voltar? Então não se importa com mais nada?" O homem riu baixo. "Não se importa com sua mãe, e também não se importa com seu pai, seus avós, seus colegas, amigos?"

O rosto de Tânia empalideceu, e seus dedos apertavam o celular quase a ponto de esmagá-lo. "O que você quer?"

"Quero te ver!" O homem respondeu com um sorriso cheio de segundas intenções. "É um destino nos encontrarmos aqui em Cidade Costeira, depois de te ver, não quero mais ir embora!"

Tânia conteve o enjoo que sentia e respondeu entre dentes: "Tudo bem, vou te encontrar!"

O homem sorriu satisfeito: "Vou te enviar o endereço, venha agora."

Logo depois, o homem enviou uma mensagem com o número de um quarto de hotel.