Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4895

O homem, é claro, não lhe deu oportunidade de se justificar ou explicar; seu corpo alto e forte se inclinou sobre ela, tapando seus lábios ao mesmo tempo.

Enquanto era beijada até ficar completamente zonza, Leocádia de repente se lembrou das palavras do tio Castro: ele tinha ido almoçar no refeitório...

Já era hora do almoço!

Mas, com Iván, não existia "mas"!

……

Tânia ficou fazendo hora extra até muito tarde e, no dia seguinte, acordou mais tarde também. Só ao descer percebeu que Leocádia não voltara para casa durante a noite.

Maria também não estava lá, e o quarto permanecia em silêncio absoluto.

Tânia pegou o celular e ligou para Leocádia. O telefone tocou por um bom tempo até que Leocádia atendeu, com a voz carregada de pressa: "Tânia!"

Tânia semicerrrou os olhos. "Onde você está?"

"Eu... eu..." Leocádia hesitou por um tempo, sem conseguir responder.

Tânia já tinha adivinhado. Seu olhar escureceu, e ela respondeu com frieza: "Não importa mais, vou desligar."

"Tânia!" Leocádia chamou de repente.

"O que foi?" Tânia respondeu prontamente, agora com uma nota de preocupação na voz, sem nenhum traço da frieza de antes.

Leocádia falou devagar: "Eu amo muito ele."

O peito de Tânia apertou; ela respondeu em voz baixa: "Eu sei."

Leocádia pareceu querer dizer algo mais, mas, após uma breve pausa, não continuou. Sua voz voltou ao tom leve e suave de sempre: "Você anda ocupada demais, aproveite o final de semana para descansar. À noite eu volto pra casa, vamos jantar juntas."

"Tá bom." Tânia respondeu, "Vou esperar você!"

Quando a ligação terminou, os dedos de Tânia que seguravam o celular estavam quase brancos de tensão. Ela sentou-se no sofá, olhando para tudo ao seu redor, tão familiar, mas de repente tudo lhe pareceu estranho.

A partir de hoje, talvez ela não precisasse mais dela. Será que ainda fazia sentido permanecer naquela cidade?

*

Ela tinha seus próprios planos.

"Eu só não quero que você se machuque de novo." Tânia respondeu com voz calma.

"Isso não vai acontecer!" Leocádia segurou o braço dela, o olhar outonal límpido e determinado: "Eu prometo que o que aconteceu antes não vai mais se repetir."

"Talvez nem o próprio Iván tenha controle sobre isso. Com que garantia você pode prometer?" Tânia franziu o cenho.

Leocádia olhou para a superfície prateada do rio e respondeu suavemente: "Naquela época, eu era jovem demais, dependia demais do Iván, achava que ele era tudo pra mim. Por isso, quando ele se foi, foi como se arrancassem minha alma, e eu preferia não estar viva."

"E agora? Você não ama ele do mesmo jeito?" Tânia perguntou, ainda calma.

O olhar de Leocádia ficou distante; ela balançou a cabeça suavemente: "Não é mais a mesma coisa!"

Amar alguém demais, ao ponto de perder a si mesma, também é uma prisão para a outra pessoa. Só depois que ele se foi por tanto tempo, ela finalmente entendeu isso!

Todos crescem, amadurecem, tornam-se mais fortes. Ela também.