Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4932

Não sabia por quanto tempo havia dormido. No meio do sono, virou-se e percebeu que havia mais uma pessoa em seus braços: delicada, macia, ardente e quente. Sua respiração foi se tornando cada vez mais pesada.

Ele nem chegou a despertar totalmente, mas seus braços já apertavam a pessoa junto a si. O efeito do álcool, aliado ao instinto masculino, despertou nele um desejo adormecido.

Buscou os lábios da mulher e a beijou. Um leve aroma de uva se espalhou por sua boca, misturando-se ao cheiro de bebida, deixando-o ainda mais embriagado.

Os lábios dela eram frescos e macios, extremamente suaves, quase derretendo, fazendo seu coração bater mais rápido. De olhos fechados, continuou a explorar mais profundamente, até que a mulher, sem fôlego pelo beijo, virou o rosto para fugir. Só então ele desceu dos lábios para o queixo e, aos poucos, foi mais para baixo.

A mulher sob ele apoiou as palmas das mãos em seus ombros, tentando empurrá-lo, mas era um gesto fraco, sem força.

Nico segurou as mãos dela e as colocou ao lado do corpo, as pernas longas pressionando as dela para impedir qualquer resistência, enquanto seus lábios quentes continuaram a explorar.

No quarto escuro, o clima de intimidade foi se intensificando, misturando-se ao aroma do álcool, preenchendo o frio da noite de inverno.

As engrenagens do destino também começaram a girar oficialmente.

...

A noite do início do inverno parecia especialmente longa. Até o nascer do sol, tudo permanecia em estado de torpor, com escuridão e luz se alternando, o céu sem clarear completamente, tudo ainda imerso no silêncio.

Nico foi o primeiro a acordar. Quando a consciência retornou, a presença da mulher em seus braços fez com que as lembranças confusas da noite anterior fossem se tornando mais claras.

Em seu rosto bonito, havia uma expressão sombria; seus olhos, ainda sonolentos e surpresos, mantinham o corpo imóvel naquela posição por um longo tempo.

Ele, na verdade, pretendia terminar com Sussana!

As atitudes de Sussana vinham desgastando sua paciência, e ele já não sentia mais tanto por ela. Em vez de perder tempo, pensou que seria melhor resolver logo.

Só que, ultimamente, estava ocupado demais. Os assuntos no cais se acumulavam um após o outro, e nos últimos dias ele ainda teve que viajar a trabalho para fora da cidade.

Ontem ele voltou, pensando em encontrar Sussana hoje para conversar sobre o término.

Mas, naquela noite, acabou dormindo com Sussana!

Sentiu-se estranho, sem alegria ou prazer, apenas incomodado. Dormir com ela significava ter que assumir responsabilidades, mas ele sabia, com clareza, que já não sentia mais nada por Sussana!

Os olhos de Nico se arregalaram. O choque era tão intenso que sua mente parecia não acompanhar. Sentou-se devagar, encostou-se na cabeceira e olhou em volta. Só então percebeu que, na verdade, estava em sua própria casa.

Afinal, o motorista o havia trazido para ali na noite anterior.

Então, como Sussana poderia estar em seu quarto?

Não estava certo!

Por que Tânia estava em sua cama?

Olhou novamente em volta; era mesmo o seu quarto!

A porta do banheiro estava fechada, e a mulher demorava a sair de lá. O dia já estava clareando!

O que aconteceu já estava feito; por mais surpreso que estivesse, Nico precisava aceitar a realidade. Soltou um suspiro leve: ele havia bebido demais — será que Tânia também estava bêbada?

Por que ela não havia resistido ou rejeitado?