Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4945

Tânia não queria ter qualquer envolvimento com aquele homem; caminhava apressada, parecendo completamente alheia a Nico.

Nico, com suas pernas longas, logo a alcançou em poucos passos e perguntou, franzindo a testa: "Por que está andando tão rápido?"

Tânia o ignorou.

"Hoje à noite não quero jantar na pousada. Você vai me convidar para comer fora!" disse ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Quando a noite caiu, a cidadezinha, que de dia era um pouco mais movimentada, tornou-se silenciosa e fria. As palavras do homem pareciam cortar o ar, chegando aos ouvidos de Tânia como agulhas.

Ela lançou-lhe um olhar gélido. "Você ficou maluco?"

Nico permaneceu parado ao vento, com o olhar profundo e intenso, um sorriso insinuante nos lábios. "Comprei um espetinho e nem cheguei a comer. Você veio e deu um chute, então você tem que me compensar!"

Tânia o fitou com seus olhos escuros, depois soltou um riso sarcástico. "De repente percebi uma coisa!"

"O quê?" Nico se aproximou, curioso.

Tânia curvou os lábios num sorriso. "Você e a Sussana combinam demais!"

Ambos são um desaforo!

Assim que terminou de falar, virou-se e foi embora.

Nico continuou a segui-la. "Se você não me convida, eu te convido. É o mínimo que posso fazer para agradecer por ter salvado minha vida!"

Tânia respondeu com frieza: "Não precisa, não foi nada demais."

Nico suspirou, resignado. "Não quero jantar com aquele pessoal hoje à noite. Sair sozinho para comer é estranho, e aqui só nós dois nos conhecemos!"

"Eu não te conheço!" Tânia retrucou.

"Desconhecidos, mas com uma dívida de vida. Isso me faz querer te agradecer ainda mais!"

Tânia parou abruptamente, virou-se para Nico e perguntou: "O que você quer, afinal? Quer que tirem fotos nossas de novo, causem mal-entendidos e façam a Sussana vir atrás de mim? Ou será que sou só parte do joguinho de casal de vocês?"

O sorriso desapareceu do rosto de Nico e, com expressão séria, ele respondeu: "Eu terminei com a Sussana!"

Tânia ficou surpresa. Sua primeira reação foi pensar: Será que a Sussana já sabe?

Duas funcionárias empurraram o carrinho de refeições para dentro, colocando cuidadosamente os pratos — quatro pratos e uma sopa, além de uma travessa de frutas frescas, tudo muito bem apresentado.

Por fim, a funcionária arrumou os talheres e disse: "Srta. Ferraz, aproveite seu jantar. Qualquer coisa, é só chamar."

Tânia assentiu levemente, observando a comida sobre a mesa, seus olhos tão escuros quanto a noite lá fora.

Depois de comer, voltou ao trabalho e, sem perceber, já era madrugada.

Sem sono, Tânia foi até a varanda para olhar a paisagem noturna.

A cidadezinha não era grande. Para atrair turistas, haviam investido bastante em infraestrutura, mas com o frio, os visitantes diminuíram e as noites ficaram especialmente silenciosas.

Tânia ficou um tempo na varanda, ouvindo risos vindos do pátio. Voltou o olhar e viu que, no restaurante do térreo, algumas pessoas ainda bebiam e conversavam.

Nico estava largado na cadeira, com ar despreocupado; aceitava cada brinde que lhe ofereciam, bebendo um copo atrás do outro...

Tânia retirou o olhar indiferente e voltou para o quarto.