Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 4973

Tânia baixou o olhar. "Meu pai!"

Pela manhã, o pai dela já havia lhe ligado, mas ela não atendeu. Agora, de repente, ele apareceu em Cidade Costeira, provavelmente por algum assunto importante.

Mas que assunto poderia ser?

"Eu vou com você", disse Nico.

Tânia respondeu de maneira fria: "Assuntos de família não dizem respeito a você."

Após dizer isso, ela se preparou para chamar um táxi e ir ao encontro do pai.

Na verdade, hoje ela nem estava de carro; veio para a Família Castro com Leocádia.

"Tânia!" Nico a chamou de repente. Ele tirou os óculos escuros, o olhar profundo e teimoso, repetiu: "Entra no carro, eu vou com você!"

Tânia ficou surpresa, mas não respondeu com frieza desta vez. Abriu a porta do carona e entrou. "Obrigada, Sr. Iván!"

Nico entrou também, colocou os óculos escuros de volta e recuperou o tom descontraído. "Assim obediente, você fica bem mais fofa!"

Tânia, naturalmente, não levou as palavras de Nico a sério, considerando que ele só estava falando consigo mesmo, por isso não respondeu.

O encontro foi marcado em uma casa de chá, com ambiente tranquilo, ideal para conversar.

Nico conhecia Zélio e, ao entrar, já o viu sentado perto da janela, falando ao telefone.

Zélio também viu Tânia e Nico, desligou rapidamente e se levantou sorrindo. "Tânia, Sr. Manuel!"

Nico sorriu: "Olá, tio! Eu trouxe a Tânia, vocês conversem à vontade que eu vou tomar um chá ali ao lado!"

Como era uma conversa de família, Nico foi discreto, deixou Tânia e realmente se afastou.

Zélio olhou para Nico que se afastava, com uma expressão de satisfação. "O Sr. Manuel é um rapaz muito bom!"

Zélio respondeu em tom grave: "É por causa do Diogo. Mandei investigar e descobri que a empresa do Diogo foi sancionada, está em situação deficitária, e ele de alguma forma convenceu sua mãe a ajudá-lo a sair da crise financeira."

"Por isso sua mãe quer se divorciar de mim. Ela quer usar a parte do patrimônio que lhe caberá no divórcio para ajudar o Diogo a salvar a empresa dele."

Tânia soltou um riso frio de deboche. "Ela sempre foi tão ingênua!"

"Nossos bens são para você. Não podemos deixar sua mãe desperdiçar assim. Por isso quero que você tente convencê-la", disse Zélio.

Tânia manteve a postura indiferente. "Esse patrimônio é dos dois, não precisa pensar em mim, vocês decidem como quiserem!"

Mas Zélio insistiu: "Não, o patrimônio da família Ferraz só pode ser da minha filha, não de um estranho."

Tânia ficou surpresa. Talvez ela fosse mesmo fria e desconfiada, pois naquele momento não pôde deixar de questionar se o pai estava sendo sincero ou não.

Afinal, em mais de vinte anos, aquele homem nunca demonstrou amar muito a própria filha.