Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 5134

Algumas pessoas conversaram por alguns minutos, e logo o assunto voltou ao trabalho. Depois do jantar, cada um retornou ao seu quarto.

Iván estava ocupado com alguma coisa, e só à noite eles conseguiram conversar por telefone. Ao terminarem a ligação, já era tarde, e Leocádia foi se deitar.

No meio da noite, em algum momento indefinido, Leocádia despertou assustada. Olhando para fora, viu a luz fria da lua, e sua mente ficou um pouco confusa, sentindo um medo inexplicável.

Ela não sabia de onde vinha aquele temor, mas, depois disso, não conseguiu mais dormir até o amanhecer.

*

Quando Nina acordou, viu Leocádia sentada na cama, abraçada ao cobertor, olhando para o nada. Aproximou-se e perguntou, preocupada:

"Leocádia, o que aconteceu? Você está se sentindo mal?”

Leocádia voltou a si.

"Não!”

Com o rosto cansado, levantou-se da cama e foi com Nina lavar o rosto e tomar café da manhã.

No refeitório, enquanto tomavam café, notaram que algumas pessoas cochichavam e, em seguida, saíam apressadas, com semblante tenso. Leocádia teve um mau pressentimento e, curiosa, perguntou:

"O que aconteceu?”

Nina, observando o ar aflito daquelas pessoas, respondeu, franzindo a testa:

"Acho que aconteceu alguma coisa. Vamos lá ver!”

Leocádia concordou com a cabeça, e as duas saíram juntas do refeitório, seguindo aquelas pessoas, percebendo que todas iam na direção dos dormitórios.

Eram os dormitórios femininos.

Leocádia e Nina apressaram o passo e, ao entrar, viram muita gente reunida no saguão do primeiro andar, todos cochichando. Xisto também estava lá.

Xisto aproximou-se de Leocádia, com expressão grave, e disse em voz baixa:

"Aconteceu uma coisa séria. Ana morreu!”

Leocádia ficou chocada.

"O que aconteceu?” Nina também estava visivelmente abalada.

Xisto balançou a cabeça lentamente.

"Vamos subir para ver. Vocês têm coragem?”

Francisco chamou os três para um canto, recomendando que não se aproximassem:

"Não olhem mais. Ela já está morta.”

Xisto perguntou em voz baixa:

"Como a Ana morreu?”

Francisco explicou:

"As colegas de quarto da Ana disseram que, no meio da noite, ouviram um barulho leve. Meio acordada, uma delas viu Ana levantar da cama. Pensou que ela fosse ao banheiro e não se importou. Logo voltou a dormir.”

"De manhã, quando acordaram e viram que Ana não estava na cama, uma delas foi ao banheiro. Encontrou a pia cheia de água, e Ana estava curvada, com a cabeça dentro da pia.”

"Chamaram por ela, mas Ana não respondeu. Só então perceberam que ela já estava morta.”

"O laudo do legista aponta afogamento como causa da morte, por volta das duas da manhã. Suicídio.”

Ao ouvir a palavra suicídio, Nina estremeceu e murmurou,

"Ana nunca se suicidaria!”