Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 5311

A matriz imediatamente suspendeu o direito de gestão de Nico sobre algumas filiais.

Quando Tânia soube do ocorrido, ligou para Nico na mesma hora. Ela precisou ligar duas vezes até que ele atendesse. "Tânia!"

Tânia respondeu: "Tem um tempo? Podemos conversar pessoalmente."

A voz de Nico soava um pouco abafada. "Estou no Edifício do Grupo Navarra."

"Tudo bem, vou até aí!" respondeu Tânia prontamente.

Os dois marcaram em uma cafeteria em frente ao Grupo Navarra. Quando Tânia chegou, Nico entrou logo em seguida. Ele ainda mantinha o sorriso doce de sempre no rosto, mas naquele dia parecia forçado.

"Sentiu minha falta? Esses dias tenho estado muito ocupado, fiquei direto lá no porto e nem voltei para a cidade."

"Você não precisa se justificar." Tânia o encarou com um olhar firme. "O que houve com o cliente francês?"

Nico sentou-se no sofá à sua frente, em silêncio.

"Você já sabia, não é? Por que não me contou?" Tânia franziu a testa.

Nico levantou o olhar, o canto dos olhos levemente avermelhado. "Como eu te contaria? A informação do cliente vazou quando eu estava na sua casa, quem você acha que foi?"

"Eu sei que você não estava por dentro disso, mas se eu te contasse e você fosse perguntar ao seu pai, o que isso traria além de aumentar o conflito entre vocês dois?"

Tânia franziu a testa novamente. "Mas se envolvia meu pai, você deveria ter me contado!"

Nico permaneceu calado, tirou um cigarro do bolso, pensou em acendê-lo, mas logo guardou de volta. Ainda assim, seus gestos denunciavam o nervosismo.

Tânia falou, com voz fria: "Responda!"

Nico se recostou no sofá, encarando Tânia. "Tudo bem, me diga: onde está a Família Guedes?"

Nico franziu as sobrancelhas com força. "Eu quero muito acreditar em você, acreditar que você não sabia de nada, que tudo foi manipulado por outros, que nós dois somos apenas peças desse jogo. Mas aconteceram tantas coisas ultimamente, estou confuso."

Tânia apenas assentiu, sem demonstrar emoção. "Eu entendo."

Ela se levantou. "Para evitar mal-entendidos, é melhor não nos vermos por um tempo."

Ela se virou para sair, mas de repente parou e olhou para Nico, com um olhar firme. "Meu pai pode até priorizar interesses, mas ele não faria nada desonesto, acredite você ou não!"

Nico ergueu o olhar; seus olhos, geralmente gentis, estavam frios. "Quando ele me usou, você não disse isso."

O olhar de Tânia escureceu. Sua silhueta alta e magra parecia ainda mais solitária sob a luz do pôr do sol. Ela não disse mais nada e saiu rapidamente.

O telefone de Nico tocou. Ele olhou para a tela e, irritado, jogou o aparelho de volta no sofá.