Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 5407

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Ao sair do pátio da Velha Senhora, Caio atravessou o jardim, mas em vez de seguir para a mansão, passou por um portão ornamentado e tomou outra direção.

Esta área era o jardim de estilo clássico da Família Leal, com rochedos artificiais, pavilhões, pequenas pontes e riachos. Em ambos os lados, cresciam flores e plantas exóticas de todos os tipos, formando um conjunto exuberante e deslumbrante.

À distância, por entre bambus e salgueiros-chorões, Caio avistou uma jovem se aproximando. Ela usava um vestido de mangas três-quartos, com sobrancelhas delicadas e olhos límpidos e melancólicos. Sua beleza era extraordinária, como uma escultura perfeitamente cinzelada, porém sem alma.

Caio parou por um instante e, quando a jovem se aproximou, cumprimentou-a educadamente: "Segunda Senhorita!"

A luz do sol se filtrava pelas folhas, criando sombras mosqueadas no chão. A pele da jovem era tão branca que parecia quase transparente, o que fazia seus olhos estrelados parecerem ainda mais escuros e seus traços, mais definidos e delicados. Ela parou, baixou o olhar e assentiu, sua elegância natural tingida de uma certa reserva.

Quando passaram um pelo outro, Caio de repente estendeu a mão para segurar o braço de Júlia. "Segunda Senhorita, cuidado!"

Ao lado havia um caquizeiro, e um caqui ainda verde, sem que se soubesse como, caiu de repente, indo direto na direção de Júlia.

Júlia, assustada e aparentemente relutante em ser tocada por um estranho, deu um passo para trás cambaleando. Seu calcanhar tropeçou na beirada do caminho, e ela caiu desajeitadamente no gramado.

Caio, que momentos antes parecia querer ajudar Júlia, agora, ao vê-la caída no chão, permaneceu parado, observando-a friamente.

Júlia, criada desde pequena para ser graciosa e educada, nunca havia passado por tamanho embaraço. Seu rosto corou de vergonha. Ela ajeitou o vestido, preparando-se para se levantar.

"Júlia!"

Uma voz preocupada soou à distância. Um homem de camisa branca se aproximou rapidamente e estendeu a mão para ajudar Júlia a se levantar.

"O que aconteceu?"

Júlia se levantou, sacudiu a manga da roupa, o rosto ainda corado de constrangimento, e disse em voz baixa: "Eu mesma tropecei sem querer!"

Natanael franziu a testa e perguntou: "Você se machucou?"

Júlia balançou a cabeça. "Não foi nada!"

Júlia pensou por um momento e disse: "Talvez ele estivesse de passagem, a caminho da área principal, depois de cumprimentar a vovó."

Natanael assentiu, compreendendo. "Ouvi dizer que seu pai quer casar Lívia com o Sr. Santos."

Júlia sorriu com ternura. "Papai mencionou isso algumas vezes. Talvez, depois do aniversário da vovó, eles anunciem o noivado dos dois."

Natanael disse, com humildade: "Ser concunhado do Sr. Santos vai me deixar sob grande pressão!"

Com três filhas na Família Leal, era inevitável que os três genros fossem comparados entre si.

Júlia pressionou os lábios timidamente, lançou-lhe um olhar de repreensão e disse com um sorriso: "Você não é inferior a ele em nada, do que tem medo?"

Natanael riu na mesma hora e tomou a iniciativa de segurar a mão de Júlia. "Isso é o que chamam de 'a beleza está nos olhos de quem vê'?"

Júlia curvou os dedos, permitindo que ele segurasse sua mão. Seus olhos sorridentes eram belos como uma pintura, capazes de encantar uma cidade inteira.