Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 5458

Júlia já estava acostumada com a franqueza e a linguagem rude daquele homem. Mas ela se recusou a ouvir. Sentou-se deliberadamente em frente a ele, sorriu com os olhos semicerrados e disse: "Sr. Caio, foi só a noite passada que não dormiu bem? Não é que tem insônia todos os dias?" Caio abriu lentamente seus olhos longos. Ele encarou a mulher à sua frente. Ao notar a zombaria em seus olhos, ele franziu os lábios finos e perguntou: "O que quer dizer?" Ouvindo com atenção, era possível perceber uma doçura quase imperceptível em seu tom frio, mas Júlia a ignorou completamente. Ela zombou: "Você me usou!" Os olhos semicerrados de Caio eram longos e profundos. Ele descruzou as pernas e se sentou lentamente. Sua voz era calma. "A segunda senhorita é bem informada." Júlia suspirou. "Agora eu finalmente entendo o que significa que para todo santo, há um demônio maior. Eu perdi tudo e não ganhei nada em troca." Não, ela tinha perdido a si mesma. Sua voz era delicada e suave. Caio, mesmo sendo alvo de seu sarcasmo, não demonstrou irritação. "O importante é que sua missão foi concluída." "O resto não tem nada a ver com você." Júlia olhou para ele e bufou. "E eu ainda deveria te agradecer, é isso?" O olhar de Caio se aprofundou. "Agora?" Júlia ficou sem palavras. Ela sentiu vontade de atirar a xícara da mesinha de centro no rosto dele. Como podia existir alguém mais descarado e astuto do que ela? Ela se levantou e caminhou em direção ao piano. O homem virou o olhar. Observando seu rosto zangado, um sorriso quase imperceptível surgiu em seus lábios. Venância Henriques foi resgatada. Seus salvadores a esconderam no exterior, onde ela viveu alguns dias de tranquilidade. Depois, entre enganos e promessas, eles a convenceram a transferir os bilhões que Juvêncio Henriques havia depositado para ela. Em seguida, as pessoas que a resgataram desapareceram. Quando os verdadeiros membros da organização por trás de Venância a encontraram, souberam que o dinheiro havia sido retirado. Eles quase a mataram ali mesmo. Venância já devia ter voltado para a organização. Mas, sem o dinheiro, seu valor de utilidade havia desaparecido. Seu destino era fácil de imaginar. O que Júlia achava estranho era que ela deveria ter sido responsabilizada pelo ocorrido. Mas ninguém a procurou. Contudo, Caio estava certo. Sua missão estava cumprida. Se as pessoas do resgate cometeram um erro, o que isso tinha a ver com ela? * André continuava na UTI. Apenas em dias específicos Sra. Leal e Lívia podiam ir vê-lo através do vidro. Ocasionalmente, encontravam a família Couto, que ia visitar Cláudia Couto. As duas famílias compartilhavam um destino semelhante. Fernando estava gerenciando os assuntos da empresa e ficava cada vez mais ocupado. Ele chegava em casa cada vez mais tarde, e às vezes nem voltava. Naquela noite, Sra. Leal esperou até a madrugada para ver Fernando entrar pela porta. Ela reclamou com carinho: "Por que tanto trabalho?" O rosto de Fernando mostrava cansaço. "Tenho tantas coisas para fazer, reuniões todos os dias. Como não estar ocupado?" Sra. Leal sentiu o coração apertar de pena. "Preparei uma sopa. Beba antes de ir dormir." "Não quero, estou muito cansado." Disse Fernando, subindo as escadas. "A propósito," perguntou Sra. Leal de repente, "seu tio disse que você não esteve na empresa nos últimos dois dias. Onde você foi?" Fernando parou por um instante. Ele se virou rapidamente e disse: "Minha namorada disse que estava com saudades, então fui passar dois dias com ela no exterior." Sra. Leal suspirou, aliviada. "Por que não me avisou?" "Tive medo que você dissesse que eu estava negligenciando minhas responsabilidades." Fernando abriu um sorriso. "Passar tempo com a namorada também é uma coisa séria. Por que a mamãe diria isso?" Disse Sra. Leal com ternura. "Da próxima vez, me avise com antecedência." "Entendido, mãe. Vá dormir cedo também." O rosto jovem de Fernando era ingênuo e puro, tendo herdado os belos traços da Família Leal, era muito bonito. Sra. Leal assentiu com orgulho e satisfação. "Pode ir." No fim de semana. Quando Júlia voltou para casa, passou pelo quarto de sua mãe e ouviu um barulho lá dentro. Ela bateu na porta. Ouviu o som apressado de uma gaveta se fechando. Depois de uma breve pausa, ela empurrou a porta e entrou, exclamando surpresa: "Fernando?"