Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 674

Carlos olhava diretamente para a interface da transferência de dinheiro em seu celular, seu peito parecia ter sido aberto e um punhado de gelo e neve havia sido enfiado nele, estava frio da cabeça aos pés.

Não sei se foi a embriaguez ou não, mas seu cérebro estava se despedaçando, a dor se espalhando por todo o corpo. ele recuou alguns passos e sentou-se à beira da cama, sem conseguir nem querer lembrar-se de nada que acontecera na noite anterior.

Ele precisava ver Elda, ouvir dela mesma a verdade!

Agarrou seu paletó e partiu.

Inês correu para abraçá-lo, implorando entre lágrimas, “Sr. Carlos, eu realmente gosto do senhor, não é pelo dinheiro! A noite passada foi maravilhosa, vamos retomar nosso relacionamento!”

“Sai de perto!” Carlos afastou as mãos de Inês, com um olhar gélido, “Acha que por ter dormido comigo, vou querer algo com você? não sabe quantas mulheres já passei? Antes que eu vá atrás de você agora, saia do caminho, esconda-se bem longe e é melhor sair da Cidade Costeira, ou então vou tornar sua vida pior que a morte!"

Inês recuou assustada, observando Carlos com medo.

Carlos, por sua vez, não queria nem dar outra olhada para ela e se afastou com passos largos.

...

Elda sentia-se mal desde que voltara, ainda bem que era sábado e ela não precisava trabalhar.

Perto do meio-dia, não aguentando mais, desceu para comprar remédios.

Quando voltou, Carlos estava sentado na sala, recostado no sofá olhando pela janela, indiferente ao som da porta se abrindo.

Elda permaneceu imóvel por um tempo, até deixar os remédios de lado e caminhar em direção ao homem.

Parou a um metro dele e chamou baixinho, “Carlão”.

Ela estava usando um moletom justo com gola alta, seu rosto, que era redondo e rasgado, havia perdido muito peso, seu queixo estava pontudo e tudo o que restava era um par de olhos grandes e escuros, mas que não tinham o mesmo brilho de antes.

Se precisava de dinheiro, era só me falar, não precisava drogar ninguém. Eu poderia te dar quinhentos mil por uma noite, até você se tornar a mulher mais rica da Cidade Costeira!”

As lágrimas de Elda fluíam sem cessar enquanto ela balançava a cabeça, sem conseguir falar.

“Fique tranquila, não vou me vingar. Eu é que esqueci a regra básica de Não me envolver com quem não tem nada, a culpa é minha!”

As palavras de Carlos eram cortantes, “Saia desta casa e nunca mais diga que me conhece!”

Ele viu o olhar dela vacilar enquanto as lágrimas brotavam novamente, rolando pelas costas de sua mão e se infiltrando em sua camisa, queimando seus braços e fazendo-os tremer.

Seu coração apertou de agonia, mas ele empurrou a garota para o sofá com força e, sem olhar para trás, partiu.

Elda caiu no sofá, imóvel por um longo tempo, já esperando por esse desfecho.