Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 705

"Não tem mais jeito de comer isso, vou cancelar o pedido e pode ir embora!" A pessoa segurava um guarda-chuva e apressadamente caminhava para o corredor do prédio.

Elda ficou parada por um momento, retraindo a mão que segurava a marmita e passou a mão pelo rosto para tirar a água da chuva, só lhe restava voltar.

Ela deu dois passos à frente, uma rajada de vento soprou, e de repente se sentiu tonta, o corpo balançou e ela caiu diretamente no chão. A água acumulada espirrou, e a caixa de entrega girou algumas vezes, espalhando-se na chuva fria.

A pessoa que tinha feito o pedido ainda não tinha entrado no prédio e, ao ver Elda desmaiada, levou um susto, correndo até ela e gritando cautelosamente: "Ei, era só uma entrega, não precisa me ameaçar assim, tá?"

"Ei!"

Ele gritou duas vezes, mas como Elda não acordava, apressadamente pegou o celular e ligou para o serviço de emergência.

*

Quando Elda acordou, estava no hospital, cercada por paredes brancas e a luz forte que fazia seus olhos embaçarem.

"Você acordou?"

A enfermeira entrou, trocando o soro dela: "Como você está se sentindo?"

A voz de Elda estava rouca: "Está tudo bem, o que aconteceu?"

"Você é muito guerreira, menina. Foi entregar comida na chuva e quase sofreu um aborto espontâneo, sabia? Não pode mais fazer isso!" A enfermeira aconselhava enquanto trocava o soro.

Elda baixou a cabeça ouvindo, de repente, alarmou-se e olhou para cima: "O que você disse, aborto espontâneo? O que quer dizer com isso?"

A enfermeira a olhou surpresa: "Você não sabia que estava grávida?"

Elda ficou paralisada, olhando fixamente para a enfermeira, e o choque em seus olhos lentamente se transformou em pânico.

Foi só uma noite, como isso aconteceu?

Ela jamais tinha pensado nisso, acreditava ter terminado tudo com Carlos e que nunca mais o veria, mas agora estava grávida. Para ela, era como um trovão em céu claro!

A enfermeira saiu e Elda ficou deitada na cama da emergência, olhando fixamente para o teto.

O dia clareava aos poucos, e o hospital, antes quieto, começava a ficar barulhento. Elda colocou a mão sobre o estômago, pensando confusamente, incapaz de tomar uma decisão! Racionalmente, ela sabia que não podia ter esse filho, mas a ideia de abortar era como se lhe arrancassem o coração.

Não era só filho de Carlos, era dela também!

Era uma pequena vida que crescia dentro dela!

Por que um ser inocente deveria sofrer as consequências dos seus erros?