Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 758

Rodrigo deu um olhar desinteressado. "Faz tempo, não me lembro mais!"

"Mas eu lembro muito bem! Quando contei pra minha mãe, ela até disse que, se você fosse genro dela, assim que eu me formasse, ela prepararia o meu vestido de casamento." Lúcia falou em tom de brincadeira.

Rodrigo ficou ainda mais apático, sem dizer uma palavra.

Lúcia riu sozinha por um momento, percebendo que Rodrigo definitivamente não tinha interesse em suas lembranças, mudou de assunto, meio sem jeito, "Aliás, meu primo que mora com a tia lá no Nordeste também é da Força Especial. Ele tá em missões internacionais há anos e quase não volta. Dizem que ele vai aparecer no Carnaval, aí eu faço questão de apresentar vocês, quem sabe vocês se conhecem!"

Rodrigo acenou com a cabeça, indiferente. "Hum."

"Rodrigo," Lúcia estava prestes a dizer mais alguma coisa quando viu Rodrigo se levantar e sair rapidamente.

Ela ficou com as palavras entaladas na garganta, o sorriso congelou em seu rosto, e ela acompanhou a silhueta do homem se afastando, seu olhar ficando cada vez mais sombrio.

Rodrigo foi para a varanda do espaço reservado do lado oposto, sabendo que Cecília estava na sala ao lado, mas não podia ir vê-la. Rodeado pelo barulho das pessoas ao seu redor, começou a se sentir inquieto.

"Se tá com saudade, vai lá. Afinal, você é um dos investidores do filme, qual o problema em encontrar uma desculpa?" Carlos chegou provocando.

Rodrigo, com as mãos apoiadas no parapeito, virou-se para olhar Carlos e respondeu com desdém, "Ela está com os colegas. Se eu aparecer, ela vai se sentir desconfortável."

Ele queria estar perto dela o tempo todo, mas também pensava que deveria dar a ela algum espaço pessoal.

Bastava estar por perto, isso já era suficiente.

Carlos deu uma risada irônica, "Se gosta, por que tanto receio?"

Rodrigo olhou para o céu noturno e comprimiu os lábios, "Você não entende."

Carlos debochou com um sorriso, "Realmente, não entendo. Vendo você assim, tão obcecado, começo a achar que a Cecília te enfeitiçou."

Rodrigo entrelaçou as mãos sobre o parapeito e sorriu de maneira enigmática, "Não é só você que tem suas dúvidas, eu também já me perguntei."

Carlos, achando graça daquela atitude, ofereceu um cigarro, "Fuma um pra relaxar. Ela tá por aqui, mas não vai te ver fumando, vai ser emocionante!"

Rodrigo foi tentado pelas palavras de Carlos, pegou o cigarro, colocou-o na boca e acendeu com um isqueiro.

Carlos perguntou, "Por que carrega um isqueiro se não fuma?"

"De verdade, não precisa!" Rodrigo sorriu, "Minha família também já preparou as coisas pra ela, e os amigos dela compraram um monte, não vai caber mais nada. Mas eu vou passar a sua mensagem pra ela."

"Tudo bem!" Carlos respondeu, "Afinal de contas, ela é quase da família. Fica a seu critério."

"Hum!"

Carlos perguntou, "Olhando pra vocês, será que não tá na hora de marcar a data do casamento? Quando vai contar pra sua família?"

Rodrigo continuou fumando calmamente, "Depois que ela se formar, no ano que vem, a gente vê isso."

"Quem diria que você seria o primeiro de nós a casar!" Carlos balançou a cabeça com um suspiro.

Rodrigo deu um olhar significativo e disse, "Se você quiser, pode se adiantar e me passar. Quando eu me casar, quem sabe seu filho já possa ser meu pajem!"

"Isso definitivamente não vai acontecer. Casamento é uma coisa que não está no meu destino," respondeu Carlos, virando-se para encostar na grade, com um sorriso despojado.

Ele olhou para Rodrigo e perguntou de repente, "Você tem expectativas com relação ao casamento?"