Jogos de Sedução da lua: Despertar do Desejo romance Capítulo 872

Num golpe fatídico, Cecília viu todas as palavras que queria dizer serem sufocadas de volta à sua garganta. Ela olhava para ele incrédula, levantando-se lentamente e recuando, com os olhos gradualmente se enchendo de lágrimas e um olhar profundo de tristeza.

Ela já suspeitava…

Desde a primeira noite em que ele não a abraçou para dormir, desde a primeira vez que ele não voltou para casa depois de um compromisso, ela sentiu que algo estivesse errado.

Mas ela não esperava que fosse tão rápido!

Não esperava que o coração de alguém pudesse mudar tão rapidamente!

Então, ele nunca foi para o exterior a trabalho; ele simplesmente não queria mais estar com ela e não sabia como terminar, então escolheu a evitar e a tratar com indiferença!

Rodrigo viu o brilho de tristeza nos olhos da jovem e quase se comoveu, mas ao mesmo tempo, se perguntou se ela estava realmente triste ou apenas encenando.

Então, eles não poderiam mais estar juntos, pois a desconfiança havia se instalado por toda parte.

O relacionamento havia chegado a um beco sem saída.

Ele se levantou e disse com um tom indiferente, "Desculpe, mas se você escolheu o Enzo, então terá que me perder!"

Ela tinha pessoas demais em seu coração; se ele não pudesse ser o único, preferia não ter nada!

Os olhos de Cecília estavam vermelhos como se tivessem sido infiltrados por sangue, mas as bochechas estavam frias. Ela zombou, "Não precisa inventar desculpas, se não gosta mais, é só terminar. Ninguém disse que um relacionamento tem que durar para sempre!"

Ela baixou o olhar, com uma voz tão fria quanto o gelo, "Obrigada por manter a nossa promessa e ser honesto, acerca de não gostar mais de mim."

Rodrigo sentiu uma dor surda no coração e não quis demorar-se. Começou a caminhar para fora.

"Eu vou arrumar minhas coisas e sair o mais rápido possível," disse Cecília num tom sereno.

Rodrigo parou por um momento e, com um sorriso sarcástico, perguntou se ela se mudaria para a casa de Fabiano na Vista Azul.

Essa frase lhe era tão familiar; era o que Carlos Ramírez dizia toda vez que terminava com uma namorada.

Essa era uma frase clichê.

Afinal, Rodrigo não era assim tão diferente de Carlos!

A luz clara nos olhos de Cecília foi gradualmente se apagando, até que, finalmente, ficou sombria como cinzas extintas. Ela ficou sentada desde a tarde até escurecer e, levantou para começar a arrumar suas coisas.

Era a casa dele, e agora que estavam separados, ela não podia mais ficar ali.

Eles já haviam brigado antes, mas ela nunca quis sair tão desesperadamente como nesse momento. Parecia que quanto mais profundo o amor, mais profunda a dor!

Parecia que ela não tinha muitas coisas para arrumar: alguns esboços de desenhos, alguns livros, e nada mais que o pertencesse.