Labirintos do Ódio romance Capítulo 12

"O que você pretende fazer, então?"

Ela ergueu o queixo arrogantemente, tentando mostrar coragem como costumava fazer no Luminance Club. "Meu pai está morto! Nós estamos divorciados! Edgar Royden, o que mais você quer de mim?!"

"Gary foi responsável pela morte dos meus pais anos atrás. Agora que ele está morto, ele apenas compensou a perda de duas vidas pelo preço de uma." A voz profunda de Edgar soava como se estivesse condenando-a à morte!

Ele apertou ainda mais o queixo dela, tão forte que ela sentia seus maxilares rachando, mas ela não diria uma palavra.

Neste momento, ódio e ressentimento preencheram todos os cantos dos olhos de Edgar, e Jean parecia ter entendido algo.

Afinal, ela ainda lhe devia uma vida.

"Nesse caso, devo pagar com a minha vida para equilibrar a dívida?" Ela apertou os lábios firmemente e se forçou a não chorar. Sua expressão era tão dilacerante que até mesmo Edgar começou a se comover.

Talvez a raiva tivesse tomado conta de sua mente, ou poderia ser que Jean tivesse perdido todas as esperanças na vida depois de tudo pelo que passou.

Atrás de Edgar, uma van veio em alta velocidade em direção ao casal. Tudo aconteceu tão rapidamente que ninguém viu a van se aproximando.

Edgar arregalou os olhos enquanto seu corpo tremia, e quando percebeu a van, tudo o que pôde ouvir foi um forte estrondo da colisão entre a van e um corpo.

A van parou abruptamente com um rangido agudo dos pneus. O motorista rapidamente desceu do veículo apenas para ser recebido por uma mulher deitada em uma poça de sangue.

"A-a-juda... Ajuda! Alguém, ajuda!" O motorista gritou.

Ele se apressou para ligar para o 999, mas foi empurrado para o lado por uma força que parecia imparável.

Edgar se aproximou da mulher em grandes passos, então a levantou da poça de sangue, exalando um ar perigoso.

Ele nunca imaginou que a mulher fosse muito mais forte do que aparentava.

"Senhor Hudges, para o hospital, agora."

Atordoada, Jean sentia como se pudesse sentir um leve cheiro de cigarro.

Edgar nunca parou de acariciar suas bochechas com seus dedos longos e esguios enquanto repetia em sua voz profunda e rouca: "Jean, acorde, não durma."

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