Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 115

Como foi que acabamos casando assim, de repente?

Eu a amo?

Casar e ter filhos é um caminho que todos devem trilhar em algum momento.

Dois anos atrás, Dona Carla começou a pressionar para que eu me casasse, algo que até então não me interessava.

Mas a pressão tornou-se insuportável, e, na falta de opções, lembrei-me de um compromisso de casamento arranjado desde a infância.

Quando fui pedir Lília Laranjeira em casamento, não era nossa primeira vez nos encontrando.

Já havia feito minha pesquisa; Lília era obediente e respeitava seus pais, mesmo que eles não fossem exatamente modelos de responsabilidade.

E eu precisava de uma esposa assim.

Não tinha aversão por Lília Laranjeira; seja pela aparência ou personalidade, até me interessei por ela desde o primeiro encontro.

Depois de nos casarmos, por dois anos vivemos em harmonia.

Isso provou que minha escolha foi acertada.

Quanto ao período em que ela se comportou de maneira desobediente, isso já passou.

Nós somos compatíveis.

De repente, comecei a ansiar pelo retorno àquelas rotinas antigas.

Chegar do trabalho à noite e encontrar uma mesa cheia de pratos deliciosos preparados por ela, a água do banho já pronta, e minhas roupas cuidadosamente passadas.

Quanto mais eu ansiava, mais devagar o tempo parecia passar.

Depois de lidar com inúmeros documentos e checar incessantemente meu relógio, finalmente chegou as seis horas.

Benício Freitas dirigiu para casa, estacionando na frente da mansão. Ao entrar, viu as luzes da sala acesas e, enquanto trocava de sapatos, ouviu passos apressados.

Era como nos velhos tempos, Lília viria ajudá-lo com a roupa —

"Senhor, o senhor chegou?"

Dona Amanda, vestindo um avental florido que já fora de Lília, aproximou-se, pegando a pasta de Benício, "O jantar está pronto. O senhor prefere tomar banho ou jantar primeiro?"

Após um breve silêncio, Benício retirou o relógio e o colocou na caixa de joias do hall, "E a senhora, onde está?"

"Ela está no andar de cima!"

O CEO do Grupo Benfinity, defendendo a Diretora Marina, enfrentou descontentamento entre os acionistas.

A entrevista era com o Acionista Lima, que criticava Benício por favorecer Marina Andrade, colocando-a em uma posição de destaque sem levar em conta a opinião dos mais velhos, forçando-o a vender suas ações.

Ele queria apenas uma vida tranquila e lucrativa, mas sentia-se injustiçado.

Lília lembrou que Marina Andrade era a diretora de relações públicas do Grupo Benfinity.

A notícia estava se tornando cada vez mais intensa, mas o departamento de relações públicas permanecia inerte.

‘Clic’.

O homem saiu do banho, a toalha pendurada frouxamente sobre seus ombros, e viu Lília Laranjeira ainda absorta em seus pensamentos na janela. Ele se aproximou.

"Mesmo que seja pelo trabalho, não quero que isso tome todo o seu tempo livre."

Lília Laranjeira não achava que aquilo era uma demonstração de preocupação.

Mesmo assim, ela começou a arrumar suas coisas, "Certo, Dona Amanda já preparou o jantar, vamos descer."

Ela vestiu um camisão preto, que apesar de simples, não era sensual.