Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 119

Benício Freitas segurou a mão delicada dela, cujos dedos pareciam desprovidos de ossos, e com a ponta dos dedos, acariciou suavemente o dorso de sua mão, macio e tenro.

"O que foi?"

"Estava pensando em comprar outro carro, ir para o trabalho tem sido complicado."

Os olhos de Lília Laranjeira brilhavam, enquanto ela apresentava seu pedido.

De repente, a pupila de Benício Freitas se contraiu, e o olhar antes suave tornou-se penetrante. Ele a observava atentamente.

Dizer que ela mudou, mas naquela noite ela estava como sempre. Dizer que ela não mudou, mas ela nunca tinha tomado a iniciativa de pedir algo antes.

O carro que tinha sido destruído em um acidente, foi ele quem se ofereceu para comprar. Porque era inconveniente para ela se deslocar, sempre pegando carona com ele, o que ele achava incômodo.

"Pode ser." Benício Freitas não recusou, disse, "Pegue meu cartão... Se tiver tempo no fim de semana, eu te acompanho para olharmos juntos, e você decide qual gosta que eu compro para você."

Lília Laranjeira ficou surpresa. Ela pensou que Benício Freitas, como antes, só cuidaria do pagamento. Mas ele disse que a levaria para escolher.

Ela pensou por um momento e disse, "Não precisa ser algo tão complicado, um igual ao último já está bom, me acostumei a dirigir ele."

"Já que você se acostumou, então deveríamos escolher um mais caro, que combine com o status da Sra. Freitas."

Benício Freitas levou a mão dela aos lábios, beijando-a levemente. Ele não tirava os olhos dela.

Os olhos de Lília Laranjeira eram daqueles bem alongados, com um charme irresistível. Ela sorriu, "Não é bom chamar muita atenção no trabalho."

"Então não trabalhe." A razão pela qual Benício Freitas não havia recusado que ela continuasse trabalhando era por causa do estado emocional dela devido a Enzo Laranjeira.

Agora, pensando bem, ele se arrependia de ela estar trabalhando na empresa de Leonardo Barbosa.

Lília Laranjeira não lhe deu a chance de se arrepender, "Ok, então no fim de semana você me acompanha para escolhermos algo que esteja à altura da Sra. Freitas."

Ela atendeu ao desejo de Benício Freitas, mas seus olhos se tornaram mais profundos, e ele apertou o pulso dela firme, abraçando-a pela cintura em direção à cama.

Ela sofreria no trabalho no dia seguinte, dormindo profundamente na madrugada sem descansar o suficiente para se levantar.

Suas pernas estavam frágeis, ela se forçou a caminhar por meia hora até a parada de ônibus. Por sorte, o ônibus chegou em menos de dois minutos.

Em mais três dias, seria fim de semana, e após comprar o carro, ela não precisaria mais passar por isso. Mas esses três dias seriam extremamente difíceis.

Benício Freitas buscava sua companhia quase todas as noites, com um desejo ardente após um longo período de abstinência.

Com tal intensidade, Lília Laranjeira estava exausta. Ontem, ela se forçou a ignorar sua presença ao chegar em casa.

Agora, ela estava tão cansada que simplesmente não queria mais lidar com ele.

Benício Freitas estava em êxtase, revivendo os momentos passados, mas finalmente percebeu algo estranho em Lília Laranjeira.

Era distância, frieza. Exceto pela noite em que ela propôs a compra de um carro, quando tomou a iniciativa de pegar sua bolsa e cuidar dele, depois disso, ela voltou ao comportamento da noite em que havia retornado para casa.