Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 15

Lília Laranjeira pegou os documentos em cima da mesa e os colocou diretamente nos braços de Marina Andrade, aproveitando o momento para tirar duas fotos com o celular.

“Isso agora é com a Diretora Marina. Se algo inesperado acontecer, não tem nada a ver comigo.”

Ela parecia ter esgotado suas forças, sem energia ou direito de se comparar a Marina Andrade.

Ser o favorito dá coragem, mas nos olhos de Benício Freitas, ela era insignificante.

Dentro do escritório, com uma temperatura agradável, ela sentia um frio nas costas, um arrepio que se espalhava desde o coração.

Descendo de elevador e saindo pela porta da empresa, ela foi envolvida pela luz do sol, mas aquele frio interior persistia.

Parada na rua movimentada, um sorriso irônico e autodepreciativo surgiu em seus lábios.

Talvez seus encontros fossem esporádicos, mas era no descanso do escritório que a frequência aumentava.

Ela já sabia que Benício Freitas havia dormido com Marina Andrade, e mesmo vendo evidências mais concretas, não deveria se sentir mal novamente.

Essa dor era mais intensa do que nos últimos dias, sempre que se lembrava de que Benício Freitas não a amava e a traía com Marina Andrade.

O toque urgente do celular a tirou de sua tristeza, e ela atendeu: "Alô."

"Lília, venha para casa agora," disse seu pai, Carlos Laranjeira, com um tom inquestionável.

Lília Laranjeira tinha uma apresentação de piano no restaurante naquela tarde, e sendo sábado, não havia entrevistas marcadas.

Sem nada melhor para fazer e querendo escapar de seus sentimentos sufocantes, ela simplesmente concordou: "Entendido."

Mesmo que, no fundo, ela realmente não quisesse voltar para casa.

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Benício Freitas não só não adiou a reunião como a antecipou.

Ele pensou bem e concluiu que fazer Lília Laranjeira esperar serviria para abalar seu espírito.

Uma reunião que deveria durar cinquenta minutos foi estendida para duas horas.

Quando terminou, já era meio-dia.