Laranjeiras em Flor: O Desabrochar de Lília romance Capítulo 42

Benício Freitas estendeu a mão, segurando a dela que repousava sobre a perna. Seus dedos ásperos roçavam suavemente o dorso da mão dela, liso e delicado. Ele se inclinou em sua direção, o calor ao redor dela aumentando gradualmente.

"Vem comigo para casa, sim?" Sua respiração estava pesada. O intenso aroma de feromônios envolvia Lília Laranjeira, cuja mente estava incrivelmente clara. Ela ponderava se, ao recusar Benício Freitas, encontraria outra maneira de obter os registros médicos dos principais hospitais do Rio de Janeiro. Não encontrou. No momento em que seu coração se tornou um espelho claro, ela fez sua escolha.

Ela manteve o corpo tenso, sem se mover, deixando que os lábios frios e finos de Benício Freitas a tocassem. A tensão no interior do carro gradualmente se transformava, tornando-se intensamente quente. A primeira chuva do fim do outono chegou de repente, com os faróis iluminando a estrada vazia à frente. Pequenas gotas de chuva batiam na janela, deslizando para baixo, uma a uma. O som da chuva se misturava com a respiração pesada do homem, e a mão de Lília Laranjeira, que repousava em seu peito, foi capturada por ele.

Privado de intimidade por dias, ele estava desconfortável, quase desejando tê-la ali mesmo. Eles nunca haviam experimentado isso dentro do carro, e ele estava curioso para tentar. Sem se importar que a mulher em seus braços ainda resistisse, sem que ela tivesse verbalmente concordado com algo, ele levantou-a com uma mão e a trouxe para si. Ela não recusaria. Embora ela tivesse feito um escândalo desta vez, ela era alguém que sabia medir as situações e aproveitar as oportunidades que lhe eram dadas.

Lília Laranjeira realmente não recusou, pois sabia que não poderia suportar as consequências de uma recusa. Mas ela também não concordou. Enquanto ela não consentisse verbalmente, quando a situação de Enzo Laranjeira fosse resolvida, ela poderia pedir o divórcio sem parecer inconstante. Benício Freitas, incapaz de se controlar, deixou sua roupa desarrumada, claramente disposto a tê-la ali. Ela admitia que ele apreciava seu corpo, mas apenas isso.

Na segunda metade da noite, a chuva diminuiu, e eles se mudaram do carro para a mansão. Lília Laranjeira estava apenas envolta na camisa dele, suas longas e brancas pernas expostas. Vendo-a tão frágil, o fogo em Benício Freitas, que já estava baixo, foi reacendido—

Eles passaram a noite em claro. Lília Laranjeira estava atordoada, entre o sono e a vigília. Ela ouviu Benício Freitas atender uma chamada, sua voz rouca pós-intimidade e um tanto apressada: “Marina, até eu chegar, proteja-se e se esconda!" Benício Freitas saiu da cama e foi até o closet trocar de roupa. Em dois minutos, ele apareceu vestindo calças de terno pretas e uma camisa branca. Ao passar pela cama, Lília Laranjeira, apoiando-se em seu corpo dolorido, sentou-se e agarrou a manga de sua camisa: “Benício Freitas, a questão do Enzo Laranjeira..."