Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 1049

O homem soltou um resmungo irritado. “Você está tão desesperada para não ter nada comigo?”

Rafaela estava prestes a dizer algo em resposta quando sentiu algo escorregadio passando por seus pés. “Aaaah!”, ela gritou e pulou de susto.

“O que aconteceu?”, Renato perguntou, apressadamente.

“Algo acabou de passar pelos meus pés. Não sei se é uma cobra ou um rato!” A voz de Rafaela estava tremendo. Ela sentiu que era uma cobra. Havia galhos do lado de fora, então não era impossível que tenha entrado pela janela.

Ela de repente gritou de dor. Aconteceu que ela bateu a cabeça em algo ao recuar.

Nesse momento, a voz do homem do lado de fora endureceu. “Saia do caminho.”

Antes que Rafaela pudesse perceber o que estava acontecendo, o viu chutando a porta. Ela se afastou apressadamente. Tudo o que podia ouvir era o som de vários chutes rápidos e firmes. Pouco depois, a velha porta de aço se soltou da parede com um estrondo alto.

Antes que ela pudesse se recuperar do susto, foi envolvida pelo abraço de um peito quente sob uma luz fraca. Quando o aroma fresco e doce de hormônios masculinos assaltou suas narinas, sua mente ficou completamente em branco; tudo o que podia ouvir era o som de sua respiração ligeiramente ofegante e seu coração batendo.

Ela sentiu a mão grande do homem acariciando a parte de trás de sua cabeça na escuridão, de maneira afetuosa, o que lhe deu uma sensação de segurança. Graças à escuridão, ela desfrutou ainda mais naturalmente de seu abraço, embora ainda estivesse um pouco assustada, com sua mãozinha segurando o paletó dele. Não era apenas por causa da porta que ele derrubou, mas também pelo sentimento de ser abraçada por ele na escuridão. Parecia como se estivessem abraçando um romance secreto que quebrava o tabu e não podia ser revelado.

Nenhuma quantidade de escuridão podia impedir Renato de olhar com raiva para Eric. Num instante, ele sentiu um calafrio na espinha, como se fosse passar dessa para melhor. “Sr. Santana, vou chamar alguém para... consertar a porta.” Ele inventou uma desculpa, querendo sair o mais rápido possível.

“Não se preocupe. Vamos voltar!”, Renato disse, antes de levar a senhora ao seu lado de volta à biblioteca.

Rafaela baixou a cabeça de maneira aparentemente obediente. No entanto, quando o casal entrou no corredor iluminado, ela rapidamente puxou a mão dele e disse: “Eu tenho que ir primeiro.” Ela nem ousou chamá-lo pelo nome, com medo de que os outros pudessem ouvir.

Com uma mão enfiada no bolso, o homem alto e bonito caminhou elegantemente como um rei. Ele olhou para a mulher que estava fugindo de volta para o escritório com um toque de possessividade em seus olhos profundos e insondáveis.