Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 1521

Emanuele pediu apenas um prato antes de entregar o cardápio para Júlio, que pediu seis pratos de uma vez. Naquele momento, seu celular, que exibia o número de telefone de Geraldo, tocou e apertou seu peito.

“Com licença, Sr. Tavares, estou recebendo uma ligação.” Ela olhou para a sala antes de se sentar no sofá. “Oi, tio Geraldo.”

“O que você está fazendo, Emanuele? Por que você ainda não registrou seu nome? Você está fazendo isso porque não quer compartilhar o dinheiro?”

“Desculpe, tio Geraldo, mas eu tenho trabalho...”

“O que é tão importante no trabalho? Isso é de extrema urgência! Eu preciso do dinheiro, então pare de enrolar!”

Lágrimas de pesar se acumularam em seus olhos, fazendo-a baixar a cabeça. “Não é de propósito, tio Geraldo. Eu só estou ocupada com o trabalho...”

“Eu não me importo. É melhor você me dar o dinheiro até sexta-feira enquanto eu ainda estou sendo legal”, ele ameaçou.

Emanuele era uma nulidade para a família de Geraldo. Além disso, ela sozinha não podia fazer nada mesmo que a tratassem como um rato. Era seguro dizer que o dinheiro despertara o mal neles.

“Sinto muito, tio Geraldo.”

“Você só tem alguns dias. Se não resolver o problema até lá, vou causar um alvoroço no seu local de trabalho. Vamos ver se você ainda será permitida a trabalhar quando chegar a hora.” Ele a machucou com palavras cruéis antes de encerrar a ligação.

O corpo de Emanuele tremia conforme o desespero aumentava nela. Se Joana estivesse viva, não permitiria que algo assim acontecesse.

Sabendo que a ligação havia terminado, Júlio lançou um olhar para ela apenas para ver lágrimas escorrendo e molhando seu vestido cinza. Ele se levantou e se agachou na frente dela. “Aconteceu alguma coisa?”

“Meus pais faleceram quando eu era jovem, então meu tio criou meu irmão mais velho e eu, mas meu irmão partiu por causa de uma doença grave. Nem sequer consegui vê-lo nos últimos momentos.” Emanuele sentiu calor atrás dos olhos, e ele pegou alguns pedaços de lenço para ela, já que estava perto.

Ela enxugou as lágrimas enquanto continuava: “Então, meu tio me enviou para a casa da minha tia. Joana me tratava como se eu fosse sua neta. Só tínhamos uma à outra, mas a vida era ótima. Para mim, ela era minha avó.”

Neste ponto, outra corrente de lágrimas escorreu por suas bochechas, e ela engasgou com a voz. “Mas ela também me deixou. Estou completamente sozinha de novo.”

Júlio simpatizou com o passado dela. “Então, alguém está te causando problemas agora?”

“É tudo por causa da casa demolida da minha avó. Ela não solicitou adoção, então não é minha guardiã oficial. Em vez disso, meu tio é quem está nos papéis.”