Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 1631

Carlos finalmente chegou em casa às 1h da manhã. Ele ficou chocado ao encontrar Olívia acordada e perguntou com uma consciência culpada: “Por que ainda está acordada?”

“E por que está de volta a essa hora?”

“Eu estava bebendo e conversando! Precisava pegar uma foto do projeto no qual investi”, ele mentiu. Como Olívia não entendia nada sobre investimentos, ela aceitou suas palavras. Neste ponto, eles não tinham tópicos comuns de conversa, apesar de compartilharem a mesma cama.

...

Emanuele acordou cedo pela manhã. Ela visitou a floricultura próxima para escolher um buquê de flores e algumas decorações para a visita ao túmulo. Quando terminou, recebeu uma ligação de Júlio informando que estava a caminho para buscá-la.

Às 8h30, um SUV preto parou na entrada do bairro. Ela entrou no carro, e partiram em direção ao cemitério, seguidos por seguranças.

O cemitério ficava longe, e levaria três horas para ir e voltar. Emanuele tinha o coração pesado no aniversário da morte de seu irmão porque havia perdido gradualmente a memória de sua aparência, mas o que permanecia era seu amor e proteção.

“Qual é o nome dele?”, Júlio perguntou, ternamente.

“Kevin. Ele faleceu quando eu tinha sete anos. Eu era muito jovem para entender e nem pude me despedir”, explicou com um olhar culpado.

“Como ele faleceu?”

“Câncer cerebral em estágio avançado. Era tarde demais para tratá-lo.” Seus olhos estavam embaçados ao recordar o destino injusto que se abateu sobre sua família. Primeiro, seus pais faleceram quando ela era jovem, e depois, seu único irmão mais velho não pôde crescer saudável.

Devido ao processo tranquilo, Júlio não foi exposto a mais informações sobre o doador do coração. Além disso, ele tinha apenas dez anos quando o acidente aconteceu, e a experiência quase fatal o afetou profundamente, a ponto de ele se afundar no trauma por muito tempo. Neste momento, a menção a Kevin não levantou nenhuma suspeita.

No cemitério, caminharam até o meio do monte. Emanuele encontrou-se diante de um túmulo num canto coberto de ervas. Ela colocou as coisas em suas mãos no chão e começou a arrancar as ervas. Da mesma forma, Júlio não se importou de estar vestido com um terno luxuoso e ajudou-a a limpar o local.

Ele olhou para o nome na lápide, mas não encontrou nenhuma foto do falecido. O túmulo tinha um design minimalista, e até a lápide era uma simples laje retangular que parecia bastante miserável e solitária.

“Ai!” Enquanto Emanuele arrancava um monte de ervas com bordas afiadas, cortou acidentalmente o dedo, e o sangue começou a escorrer da ferida.

Júlio imediatamente se apressou e começou a enfaixar o dedo dela com um guardanapo. “Descanse um pouco. Eu vou arrancar as ervas.”