Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 1964

“P-Por que precisa falar tão duramente? Você está me amaldiçoando, não está?” A raiva de Carolina queimava enquanto ela cerrava os dentes e o encarava. Naquele momento, ela observava Júnior dirigindo o carro por uma estrada após a outra como se tivesse um destino.

“Você não mora aqui, não é?”, ela perguntou, curiosa.

“Estamos indo para uma casa segura”, ele respondeu.

“Uma casa segura?” Carolina piscou, e um lampejo de pensamento passou por sua mente. “Você é um policial disfarçado? Você está afiliado à Interpol?”

“Não.” Júnior negou diretamente.

“Não? Então, quem exatamente é você?” Ela persistiu em suas perguntas incansáveis.

“Eu já disse. Não posso revelar minha identidade, então pare de perguntar.” Com isso, ele abruptamente segurou o peito. O volante girou em uma direção diferente sob seu controle.

“Ei! Você está bem?” Carolina se assustou. Ela notou ele franzindo a testa, com um brilho de suor frio em sua testa.

“Não é nada.”

Ela quase esqueceu que Júnior tinha sido baleado na noite anterior! Ele tinha acabado de sair da cama hoje e dirigiu até aqui para resgatá-la. Mesmo que seja resistente como ferro, quanta dor ele pode suportar?

“Eu vou dirigir. Você deveria descansar”, ela sugeriu.

“Estamos quase lá. Eu posso aguentar.” Com isso, ele pisou mais forte no acelerador.

Carolina rapidamente segurou o cinto de segurança com medo. Ele está tentando recriar uma cena de Velozes e Furiosos? Como um homem ferido pode dirigir a essa velocidade?

Carolina foi apressadamente até o armário e achou um kit de primeiros socorros. Carregando-o até o sofá onde ele estava sentado, ela notou ele tirando a camisa e as manchas de sangue do curativo da noite passada.

Ela rapidamente pegou uma bola de algodão hemostático do kit e instruiu: “Deite-se. Vou parar o sangramento e reaplicar o curativo para você.”

Júnior concordou e deitou. Como ela sabia de primeiros socorros, rasgou a gaze e examinou o músculo ligeiramente exposto. Franzindo a testa, ela começou a parar o sangramento gentilmente.

Seu olhar se fixou nela, cheio de complexidade.

Ansiosa, Carolina mordeu os lábios enquanto cuidava do ferimento de Júnior, sem perceber que tinha se tornado o foco de seu olhar. Suas expressões adoráveis e nervosas foram observadas de perto por ele. Apesar da dor persistente de seu ferimento, ele encontrou uma maneira de desviar sua atenção ao olhar para o rosto dela, o que inesperadamente lhe trouxe diversão.

Depois que ela terminou de fazer o curativo em seu ferimento, soltou um suspiro de alívio enquanto colocava os itens no lugar. “Pronto, está feito. Você precisa ficar deitado e evitar se mover. Se forçar o ferimento novamente, pode precisar de pontos no hospital”, ela instruiu com um toque de comando.