Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 1971

“Não vamos ser pegos por isso?”, perguntou Carolina nervosamente ao retornar para o banco do passageiro. Ela cresceu sendo uma boa garota e uma cidadã respeitadora da lei. Sentada no veículo roubado, não conseguia deixar de sentir um picar de consciência, porque a viagem do dono da van estava agora arruinada graças a eles.

“Não, não seremos”, respondeu Júnior impassível.

“Por que está tão confiante nisso?”

“Eu hackeei todas as câmeras de vigilância ao longo do caminho. A polícia não pode nos rastrear.” Por isso estou confiante, pensou Júnior.

Os belos olhos de Carolina se arregalaram de espanto com suas palavras. Então, o programa rodando em seu notebook era para desligar as câmeras de vigilância ao longo do caminho? Que tipo de coisa esse cara aprendeu? Ele tem habilidades de luta extraordinárias e um grau de inteligência tão alto. Ele tem um DNA realmente bom! De repente, a ideia de roubar o DNA do homem surgiu em sua mente. Assim que passou por sua mente, no entanto, ela corou de vergonha. Pfft! Como pude ter uma ideia dessas?

Nesse momento, Júnior ligou a música, talvez porque achasse abafado dentro da van.

Enquanto a música especialmente calmante entrava em sua mente, Carolina observava a paisagem do entardecer passar pela janela. Não parece ruim estar fugindo assim! Enquanto continuava observando, no entanto, ela acabou adormecendo, com a cabeça encostada na janela.

Quando acordou, estava escuro lá fora. Ela não fazia ideia de onde estava; Júnior, que estava ao seu lado, não estava em lugar algum. “Júnior!”, ela chamou seu nome, com medo.

Nesse momento, a porta se abriu, e ele apareceu imediatamente. “O que houve?”

Vendo o homem, Carolina não pôde deixar de se sentir um pouco envergonhada. Ela explicou: “Nada. Eu pensei que algo tinha acontecido com você. Onde estamos?”

“Numa região selvagem”, ele respondeu.

Ela se virou involuntariamente para olhar pela janela, e realmente viu árvores altas e exuberantes que cobriam o céu e obscureciam o sol. A essa hora tardia, essa cena parecia meio assustadora. No entanto, seu olfato apurado captou o cheiro de comida cozida, que ela estava sentindo falta há muito tempo. Cheira a bife grelhado. Ela saiu da van e foi até a barraca ao lado. O homem estava lá, segurando uma frigideira e fritando um bife apetitoso e macio. Além disso, era acompanhado de todos os tipos de acompanhamentos - como os que se comeria em uma churrascaria. “Uau! Cheira tão bem!” Ela se sentou com os olhos brilhando enquanto esperava para comer.

Júnior colocou um pedaço de bife grelhado em seu prato.

Vendo facas e garfos e uma fruteira ao lado deles, Carolina começou a comer com fome, enquanto ele se juntou a ela depois. Como esperado, o bife estava delicioso. Ela já tinha comido nas montanhas antes, mas essa era a primeira vez que comia sozinha assim com um homem.

Depois de terminarem de comer, Júnior disse a ela: “Você entra primeiro.”

“E você?”

“Vou limpar aqui.”

“Deixe-me te ajudar!” Carolina achou que deveria dar uma mãozinha.

Mas então ela sentiu uma coceira insuportável no braço. Ela bateu a mão e viu um mosquito esmagado em sua palma. Os mosquitos aqui são realmente grandes!

“Volte”, ordenou Júnior. Essa senhora só servirá de alimento para os mosquitos aqui com sua pele delicada e macia.

Incapaz de suportar mais, Carolina não teve escolha senão voltar para a van primeiro. Ela ligou as luzes do veículo. Mais cedo, ela só se importava se havia comida na geladeira, então não tinha notado que toda essa van estava na verdade decorada de uma maneira muito aconchegante. Isso parece mais com uma van que pertencia a um casal do que a uma família indo para uma viagem!

Júnior voltou logo depois. Felizmente, o tempo não estava quente agora. Era apenas maio no momento, e a noite estava um pouco fria. Carolina desdobrou a cama, que era apenas grande o suficiente para duas pessoas dormirem. Ao ver isso, suas bochechas queimaram involuntariamente. Não me diga que Júnior e eu temos que dormir juntos nisso hoje à noite!

Tudo na gaveta caiu no chão; ela olhou para baixo e viu dezenas de preservativos espalhados por todo o lugar, com um deles aos pés de Júnior. Ao ver isso, seu rosto bonito instantaneamente ficou vermelho profundo.

Ele parou o que estava fazendo e encarou os preservativos no chão com olhos profundos e insondáveis.

Por impulso, Carolina rapidamente se agachou para pegá-los. Um por um, ela os colocou de volta na pequena gaveta em sua mão, até mesmo se agachando aos pés de Júnior para pegar o preservativo lá. Depois que terminou, colocou a gaveta de volta em seu lugar, corando.

Logo depois, ela encontrou um repelente e um spray para coceira em outro lugar. Depois de aplicar o spray no inchaço em seu braço, perguntou: “Você foi picado por mosquitos? Deixe-me te borrifar um pouco disso.” Ao notar uma picada de mosquito nas costas da mão dele, borrifou um pouco sem esperar por sua resposta. Então, vendo outra picada de mosquito em seu pescoço, ela aplicou um pouco do spray em seus dedos e estava prestes a aplicá-lo na picada.

De repente, o homem segurou seu pulso para parar o que ela estava fazendo.

Carolina ficou assustada.

Júnior olhou para ela. Por um tempo, seus olhos estavam a apenas centímetros de distância, e o olhar de rejeição em seus olhos era evidente na luz.

Carolina não suportava ser fixada pelos olhos bonitos e profundos do homem. Seu rosto corou contra sua vontade, e ela desviou o olhar, dizendo: “E-Eu vou dormir agora. Vou te deixar espaço para dormir. Pode apagar as luzes!” Com isso, ela imediatamente virou as costas e se deitou na cama, mas não havia lugar para se esconder neste espaço apertado. Além disso, seu coração parecia estar fora de controle.