Lugar para você (Alana e Enzo) romance Capítulo 782

“Você não me reconhece? Não se lembra de quem eu sou?”, Sofia indagou a ele.

Arthur baixou a cabeça e contemplou a moça em seus braços. Subitamente, sentiu seu coração doer ao perceber uma sensação de familiaridade com aquele rosto. Além disso, seus olhos, que estavam cheios de lágrimas, puxavam suas fibras nervosas, e ele sentiu seu coração bater por ela como se estivesse sob um feitiço.

“Eu te conheço?”, ele perguntou, franzindo a testa.

Sofia soltou suas mãos e o olhou com agonia antes de perguntar: “Não pense que pode fazer de conta, Arthur. Apenas me diga se você não me ama mais. Podemos terminar.”

Surpreso, Arthur olhou para a garota enfurecida e não sabia o que fazer.

“Meu nome é Sofia Boaventura, e eu costumava ser sua namorada. Vim aqui para te ver e ouvir o que você tem a dizer. Depois que você terminar de falar, eu irei embora e nunca mais vou cruzar o seu caminho.”

Surpreso, ele perguntou: “O que quer que eu diga?”

“Diga que não me ama mais ou que se apaixonou por outra pessoa. Apenas diga. Eu quero ouvir o que você tem a dizer.” Ela ergueu a cabeça, e enquanto as lágrimas escorriam pelo seu rosto, forçou-se a olhar para ele.

Arthur olhou para a garota cujas lágrimas continuavam a cair. Seu peito apertou como se algo estivesse pressionando seu coração.

Por que eu me senti compelido a confortá-la, enxugando suas lágrimas? Mesmo que ele tenha percebido que ela era a garota em seu telefone, estava claro que nunca a tinha conhecido.

“Diga! Por que não me disse que não me ama mais?” Sofia estava enfurecida e gritou com ele.

Ele não respondeu nem se afastou; apenas a olhou calmamente.

“Você não ousa dizer, não é? Ok, então eu direi: vamos terminar! Eu não quero falar com você ou pensar em você nunca mais; estou me livrando de tudo o que você deixou na minha casa e qualquer promessa que você fez para mim agora é nula e inválida”, Sofia exclamou alto para ele, como se estivesse tranquila com isso, mas as lágrimas não enganavam as pessoas.

Nesse momento, um grande cachorro saiu correndo pelo lado e latiu furiosamente para Sofia. Seu rosto ficou pálido de medo, e mesmo em pânico, ela escolheu o lugar mais seguro para se proteger: os braços de Arthur.

Ela o segurou como um polvo, envolvendo seus braços em torno de seu pescoço e se agachando.

“Ouch!”, ela gritou de dor.

Arthur a olhou enquanto estendia a mão para ajudá-la a se levantar.

“Não preciso da sua ajuda! Você pode ir embora agora!” Ela decidiu ignorá-lo.

“Você está perdida. Deixe-me te levar de volta.” A surpreendente gentileza de Arthur surgiu de sua incapacidade de suportar a ideia de deixá-la sozinha.

Sofia olhou para o homem à sua frente e teve a impressão de que ele não a reconhecia. Ele a olhava como se ela fosse uma completa estranha; o afeto que ele sentira por ela tinha desaparecido. Essa sensação era muito mais angustiante do que realmente pôr fim a tudo.

“Tem certeza que não se lembra de mim?”, ela se levantou e perguntou a ele.

Arthur olhou para o rosto de Sofia, que estava coberto de manchas de lágrimas. Sob o luar, ela parecia um lírio chorão, encantador e comovente.