Luna verdadeira romance Capítulo 223

POV de Gabriel

Eu estava deitado ao lado de Aria brincando com seu cabelo.

Ela e Nick ainda estavam dormindo.

Este foi o melhor sono que tive em dias.

Eu estava tão feliz que ela estava de volta. Eu nunca mais a deixarei. Nunca mais deixarei ninguém levá-la de mim novamente.

Olhei para Nick e vi que ele estava acordando.

"Bom dia," sussurrei e ele olhou para mim.

"Bom dia," ele murmurou e virou-se para Aria.

Ele segurou a mão dela e enterrou o nariz em seu pescoço.

"Não posso acreditar que ela está de volta," ele disse baixinho.

"Eu também não," eu assenti. "Quando acordei, pensei que tinha sonhado com ela aqui. Não consigo te dizer o quão feliz fiquei quando olhei para o meu lado esquerdo e a vi aqui."

"Consigo imaginar," Nick sorriu.

Virei para olhar o teto. Havia uma pergunta em minha mente que estava aterrorizado de dizer em voz alta.

"Você acha que ele voltará por ela?" consegui perguntar.

Nick respirou fundo, mas ficou em silêncio.

Ele vai.

Ele voltará por ela.

"Ele a quer," Nick murmurou depois de um tempo. "Ele vai querê-la de volta."

Suspirei e virei minha cabeça para olhar para minha irmã. "Ele nunca mais a tocará."

Nick assentiu e beijou gentilmente sua bochecha. Ela se mexeu enquanto dormia e virou a cabeça na minha direção. Eu franzi a testa para ele.

"Não a acorde," eu disse baixinho.

Ele levantou as mãos em rendição e deitou-se novamente.

Olhei para minha irmã e sorri suavemente. Deusa, como eu senti falta dela. Eu queria acariciar sua bochecha, mas acabei de dizer a Nick para não acordá-la.

Nick se mexeu e suspirou silenciosamente.

"O que há de errado?" perguntei a ele e levantei a cabeça para poder vê-lo por cima de Aria.

"Eu preciso ir ao banheiro," ele suspirou.

Franzi os olhos confuso. "Bem, vá."

"Estou com medo de deixá-la," ele disse, olhando para o teto.

Suspirei. Eu sabia exatamente como ele se sentia. Esse medo de que ela simplesmente desaparecesse era avassalador. Foi preciso tudo que eu tinha para tomar banho e trocar de roupa ontem. Eu queria correr de volta para ela a cada segundo que estava longe.

"Apenas vá, Nick," eu disse baixinho. "Estarei com ela. Nada vai acontecer."

Nick virou-se para me olhar e pude ver o medo em seus olhos.

"Nick, vai ficar tudo bem," eu disse calmamente.

Ele assentiu rigidamente e se levantou. Ele foi até o banheiro e fechou a porta atrás dele. Ele ficou se virando e olhando para Aria. Eu podia ver o quanto ele hesitava em deixá-la, mesmo que fosse apenas por alguns minutos. Dei-lhe um aceno tranquilizador.

Voltei a olhar para Aria, e ela começou a se mexer. Ela podia sentir a ausência de seu companheiro. Eu acariciei sua bochecha gentilmente e ela abriu os olhos lentamente.

"Oi, amor," eu disse baixinho e sorri para ela.

Ela sorriu de volta e se inclinou para o meu toque. Meu coração derreteu. Deusa, como eu a amava.

Ela piscou algumas vezes e me olhou. "Oi, Gabe."

"Como você está?" eu perguntei a ela.

"Bem," ela sorriu. "Estou tão feliz que isso realmente não é um sonho."

"Não é," eu disse. "Você realmente está aqui, e não vai nos deixar tão cedo."

"Eu estava com tanto medo ontem," ela disse baixinho. "Não queria voltar a dormir."

"Eu sei, amor," eu acariciei sua bochecha. "Você está realmente aqui."

Ela sorriu e virou-se lentamente. Eu estreitei os olhos para ela e queria avisá-la para ter cuidado, mas ela envolveu os braços em volta do meu pescoço e se aproximou de mim.

Imediatamente retribuí o abraço e a apertei.

"Sentia tanto a sua falta," ela disse.

"Eu também senti sua falta, amor," eu disse e dei um beijo em cima de sua cabeça.

"Eu te amo, Gabriel," ela disse, e meu coração começou a bater mais rápido.

Senti uma sensação de calor se espalhando pelo meu corpo e minhas entranhas derreteram.

"Eu também te amo," eu disse e a abracei mais forte.

Ficamos assim por um tempo, e então ela me soltou lentamente.

"Você pode me ajudar a sentar, por favor?" ela me pediu com um pequeno sorriso.

"Claro," eu sorri de volta e me sentei.

Com cuidado, coloquei meus braços em volta de sua cintura e a puxei para cima para que ela pudesse sentar e se apoiar na cabeceira.

"Onde está o Nick?" ela perguntou e olhou ao redor do quarto.

"No banheiro," respondi enquanto arrumava o cobertor ao redor dela.

Ela assentiu, e ouvi a porta do banheiro se abrir. Nick saiu, secando o cabelo com uma toalha. Ele olhou para cima, e seus olhos se arregalaram quando viu que Aria estava acordada.

"Deusa, amor, me desculpe!" ele disse alto, e jogou a toalha no banheiro.

Ele correu em direção a ela e segurou suas bochechas. Ela o olhou confusa.

"Por que está se desculpando?" ela perguntou.

"Eu prometi que você nunca mais acordaria sem mim e já quebrei essa promessa," ele disse, em pânico.

Ela deu-lhe um pequeno sorriso e colocou as mãos sobre as dele. "Nick, está tudo bem. Você estava no banheiro."

"Eu deveria estar aqui," ele disse baixinho.

Ela se inclinou e o beijou. "Está tudo bem."

Ele suspirou e encostou a testa na dela. "Eu te amo, amor."

"Eu também te amo," ela sorriu e se inclinou de volta na cabeceira.

"Você está bem?" ele perguntou preocupado. "Está com dor?"

"Não," ela sorriu. "Eu gostaria de descer e ver os outros."

"Não," eu disse severamente. "Você precisa descansar."

"Por favor, Gabe," ela me olhou e fez beicinho. "Prometo que não vou sair do sofá. Quero ver os outros. Sinto falta deles."

"Não vou, Jake, eu prometo", eu disse baixinho.

"Você fez uma coisa tão estúpida", ele disse, sem me soltar. "Eu poderia ter te perdido para sempre."

Nick se tenso e rosnou, mas Jake o ignorou.

"Não sei como viveria sem você, Aria", ele continuou. "Nunca me deixe novamente. Nunca se coloque em perigo novamente."

Lágrimas escorriam pelo meu rosto e a única coisa que pude fazer foi assentir. Ele me soltou e Nick imediatamente me puxou para seu peito. Eu podia sentir seu coração batendo rápido. Olhei para ele por cima do ombro e ele estava lançando olhares furiosos para Jake.

Coloquei minha mão em sua coxa e pude sentir ele relaxar um pouco.

Jake o ignorou completamente e me deu um pequeno sorriso. "Você está bem? Está com dor?"

"Estou bem, Jake", sorri de volta para ele.

Ele assentiu e segurou minha mão. Olhei para Blake, que estava olhando para suas mãos. A atmosfera na sala ficou tensa de repente.

"Blake", o chamei e ele olhou para mim.

Ele parecia tão culpado. Meu coração se partia. Aquilo não era culpa dele. Esperava que não estivessem culpando-o por isso.

Estendi a mão para ele e, hesitante, ele se levantou e veio até mim. Ajoelhou-se na minha frente e me deu a mão.

"Sinto muito, Aria", ele disse, sua voz tremendo.

"Você não tem nada pelo que se desculpar, Blake", eu disse. "Foi minha decisão. Você tentou me impedir. Tentou falar comigo. Eu não te ouvi. Eu decidi. Você não tem culpa aqui, Blake."

Ele baixou a cabeça e um soluço escapou dele. "Eu deveria ter te impedido. Deveria ter ligado para Nick ou Gabriel ou Jake."

"Não", neguei com a cabeça. "Eu nunca teria deixado ele machucar a Cassie. Eu teria ido até ele de qualquer jeito. Você não poderia ter me impedido. Ninguém poderia."

Ele olhou para mim e me abraçou. "Estou tão feliz que você está bem, Minnie. Nunca deixarei ele te machucar novamente, eu prometo."

Eu me soltei dele e sorri. "Obrigada, Blake."

Ele sorriu para mim e voltou para o seu lugar. Cassie sentou em seu colo e envolveu as mãos em volta de seu pescoço. Ele a abraçou com força e sorriu para mim novamente.

Olhei ao redor da sala e meu coração se encheu. Senti tanta falta dos meus amigos.

Gabriel veio ficar atrás de mim. "Está com fome?"

"Um pouco", olhei para cima para ele e sorri.

"Vou fazer algo para você", Annie disse com um sorriso enorme. "Pancakes soam bem?"

"Divino", sorri radiante.

"Está a caminho", Annie disse e correu para a cozinha.

"Vou ajudá-la", Cassie disse e se levantou.

Ela veio até mim e me deu um beijo na bochecha antes de seguir Annie para a cozinha.

Relaxei no abraço de Nick e me apoiei em seu peito.

"Está cansada, querida?", Nick me perguntou.

"Não", neguei com a cabeça e sorri. "Estou esperando pelos pancakes."

Nick sorriu para mim e beijou a ponta do meu nariz.

"Bem, olá, pequena bruxa", ouvi alguém dizer.

Me tensei e olhei para a porta da sala de estar, de onde vinha a voz. Uma mulher na casa dos sessenta anos estava lá, me olhando com um sorriso no rosto.

Quem diabos era aquela?