Luna verdadeira romance Capítulo 225

POV de Gabriel

Já fazia uma semana desde que Aria voltou para casa.

Ela estava se recuperando bem. Seus hematomas e arranhões tinham sumido. Suas costelas estavam quase curadas. Ela fez uma poção de uma planta de Ruta e um trevo vermelho que supostamente ajudaria a curar ossos quebrados. Acho que funcionou porque suas costelas estavam ótimas.

Victor ainda não fez nenhum movimento para levá-la de volta, mas era apenas questão de tempo antes que ele o fizesse.

Nós estávamos nos preparando para ele. Estaríamos prontos quando ele viesse. Era hora de acabar com isso de uma vez por todas.

Nick, Annie e Patricia estavam praticando combate na forma de lobo. Mike e Jack estavam focados em aumentar sua resistência, que já era bastante boa mesmo quando começaram. O resto de nós estava focado em nossa magia e em aperfeiçoar nossos feitiços.

Aria não tinha praticado. A tínhamos em repouso na cama. Ela vinha reclamando nos últimos dias, que queria praticar conosco, mas eu disse não. Eu não queria colocá-la em risco. Ela poderia se machucar.

Estávamos sentados à mesa da sala de jantar, tomando café da manhã. Nick, Jake e eu estávamos conversando sobre algo importante que aconteceu ontem, e queríamos compartilhar com os outros hoje. Olhei para Nick, que estava brincando com a comida. Ele estava nervoso.

Nosso plano não era exatamente são.

“Gabe?” ouvi Aria me chamando.

“Sim?” me virei para olhá-la.

“Posso praticar hoje?” ela me perguntou nervosamente. “Não vou me esforçar muito, prometo.”

Suspirei e queria recusar, mas Patricia me interrompeu.

“Gabriel, ela ficará bem,” ela disse. “Deixe-a praticar.”

“Sim, eu ficarei bem, Gabe,” Aria acrescentou. “Podemos fazer juntos. Se você me mandar parar, eu paro. Eu prometo.”

A olhei de cima a baixo e suspirei. Olhei para Nick, que apenas deu de ombros. Eu sabia que ele a deixaria praticar porque tinha dificuldade em recusá-la. Eu tinha que ser o vilão.

Mas também sabia que ela precisava disso. Ela precisa estar pronta.

“Tudo bem,” eu disse, olhando de volta para Aria. “Vamos fazer juntos. E eu decido quando terminamos.”

“Obrigada,” ela disse, e um sorriso enorme se espalhou por seu rosto.

Assenti e olhei para baixo para meu prato. Esperava ter tomado a decisão certa. Se ela se machucasse, eu surtaria.

Jake limpou a garganta, e olhei para ele. Ele me deu um pequeno aceno. Era hora.

“Pessoal,” disse Jake. “Temos algo para discutir com vocês.”

Todos levantaram a cabeça e olharam para Jake.

“Gabe, Nick e eu conversamos ontem, e temos uma sugestão,” disse Jake.

“Que tipo de sugestão?” Mike perguntou, olhando entre os três.

Houve um momento de silêncio antes de Nick falar.

“Queremos ligar para Victor,” disse Nick lentamente.

Imediatamente olhei para Aria. Seus olhos se arregalaram, e ela estava encarando Nick.

“O quê?” Annie perguntou, chocada. “Por quê?”

“Bem…” comecei a falar. “Queremos atraí-lo. Queremos acabar com isso.”

“E como vocês planejam fazer isso?” Mike sorriu enquanto cruzava os braços sobre o peito.

“Bem, estamos esperando que a ligação telefônica o irrite e ele venha,” expliquei.

“E o que dizer do exército dele?” Jack suspirou. “Não sabemos quantas pessoas ele tem. Somos dez aqui. Isso mal é um exército.”

“Se esperarmos ele dar o primeiro passo, ele terá um exército ainda maior do que tem agora,” disse Nick. “Precisamos surpreendê-lo.”

“O que faz vocês acharem que ele virá?” Annie perguntou.

Nossos olhos se voltaram para Aria. Ela estava olhando para as mãos.

Os outros seguiram nosso olhar, e as meninas arregalaram os olhos.

“Eu sou a isca, não sou?” Aria murmurou baixinho.

“NÃO!” o resto de nós gritou ao mesmo tempo.

Ela recuou e nos olhou.

“Você não é uma isca,” eu disse, tentando ficar calmo. “Mas ele a quer. Ele não perderá a oportunidade de tê-la.”

“Se ela se machucar por causa da sua ideia estúpida, eu vou enfiar minhas garras em seus traseiros,” Annie nos ameaçou.

“Eu acredito em você, Annie,” disse Jake seriamente.

Eu também acreditava nela. Eu tinha certeza de que ela nos daria uma surra se machucássemos Aria.

“Melhor vocês acreditarem,” ela disse, olhando fixamente para Jake, Nick e eu.

“Eu nunca colocaria minha companheira em perigo, Ann,” Nick disse calmamente.

“Quando vamos ligar para ele?” Jack perguntou.

“Amanhã,” eu disse. “Precisamos descobrir o que dizer a ele.”

“Podemos fazer isso hoje depois da prática,” Nick acrescentou.

Os outros apenas assentiram, e olhei para Patricia.

“Você está quieta,” eu disse.

Ela me olhou e me deu um pequeno sorriso. “Bem, não é todo dia que você descobre que em breve terá a chance de se vingar.”

“Você concorda com nosso plano?” perguntei a ela.

“Acho que vai funcionar,” ela assentiu. “Victor é um homem inteligente. Mas sua maior fraqueza é a ganância. Ele não resistirá a essa oportunidade. Ele virá.”

Sorri de volta para ela e quis falar, mas ela levantou a mão, me interrompendo.

“Não acho que devemos ligar para ele amanhã,” ela acrescentou. “Preciso ligar para alguém para vir nos ajudar. Eles devem estar aqui em um ou dois dias. Podemos ligar para ele então.”

“Com quem você vai ligar?” Nick perguntou a ela.

“Petra e um amigo meu da minha antiga vila,” ela explicou, virando-se para olhar para Nick. “Ele é um bruxo incrível.”

“Ligue para eles imediatamente,” eu disse. “Diga para virem o mais rápido possível. Ligaremos para ele quando chegarem.”

Patricia assentiu e se levantou para ligar para seus amigos.

“Devemos continuar praticando,” Mike disse e se levantou.

"O que há de errado, baby?" ele perguntou. "Você não quer que eu te marque? Você não quer ficar comigo?"

Meus olhos se arregalaram. "Não, Nick. Deusa, não. Eu te amo. Eu quero ficar com você. Eu quero que você me marque."

"Mas?" ele perguntou.

Eu desviei o olhar dele. Como diabos eu conto a ele? Eu sei que ele não vai concordar comigo.

"Aria?" ele chamou meu nome, e eu olhei de volta para ele. "Fale comigo, baby. O que há de errado?"

Deusa, ele era perfeito. O que diabos eu fiz para merecer esse homem? Eu não posso machucá-lo. Eu não posso deixar nada acontecer com ele.

"Eu acho que devemos esperar um pouco mais," eu disse quietamente.

Ele apertou mais forte em mim e seus olhos escureceram. "Por quê? Isso tem algo a ver com o Jacob?"

"Não," eu disse rapidamente. "Eu não quero o Jacob. Eu quero você."

"Então o quê?" ele perguntou, seus olhos ainda escuros.

Eu suspirei e olhei para baixo em seu peito. Eu tinha que contar a verdade a ele. Eu não podia deixá-lo pensar que isso tinha a ver com outro homem. Eu amava Jake, mas o amava como meu amigo e como meu irmão. Nick era quem eu queria. Ele era meu futuro. Se eu tivesse um.

"Eu não tenho certeza se vou sobreviver a isso, Nick," eu disse quietamente, não olhando para cima para ele. "Se você me marcar e eu morrer, será muito mais difícil para você seguir em frente. Você também poderia morrer. Eu não posso deixar isso acontecer. Eu não posso deixar você morrer."

Esperei que ele gritasse ou rosnasse, mas ele não emitiu nenhum som. Eu olhei para cima para ele, e ele me olhava com uma mistura de raiva, tristeza e amor.

Passamos alguns momentos em silêncio. Eu olhei para baixo porque não aguentava ver ele com raiva de mim.

Finalmente ele se moveu. Ele colocou um dedo sob meu queixo e levantou minha cabeça.

"Primeiro, você não está morrendo. Eu vou matar qualquer um que tente te tocar ou te machucar," ele disse severamente. "Em segundo lugar, eu não preciso te marcar para implorar pela morte se algo acontecer com você. Eu quase fiz quando ele te levou. Eu pensei que morreria a cada segundo que você estava longe de mim. Eu receberia a morte de braços abertos porque seria menos doloroso do que viver sem você. Eu te amo. Eu sempre vou te amar e quero que os outros saibam. Eu quero que saibam que você é minha. Eu quero que estejamos conectados para sempre."

Quando ele terminou seu discurso, comecei a chorar. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, e eu não conseguia parar. Ele as enxugou todas com o polegar.

"Eu amo que você esteja tentando me proteger, baby," ele continuou. "Mas com ou sem minha marca em seu belo corpo, eu não pretendo viver sem você. Quando você partir, eu parto."

Eu solucei e envolvi minhas mãos em volta de seu pescoço. Ele me puxou mais perto e me abraçou forte.

"Eu te amo, baby," ele sussurrou em meu cabelo.

"Eu também te amo," eu disse, minha voz tremendo.

Ficamos assim até que parei de chorar. Me afastei dele e limpei minhas bochechas.

"Você é fofo quando está inchado," Nick sorriu para mim.

Eu dei um tapa em seu braço. "Cala a boca."

"Nunca, baby," ele sorriu travesso.

Eu balancei a cabeça e sorri de volta para ele.

"Então, agora que estabelecemos que você não vai morrer tão cedo, posso por favor te marcar?" Nick me perguntou, traçando os dedos para cima e para baixo no meu ponto de marcação.

Eu tremi e dei-lhe um pequeno sorriso. "Eu adoraria."

Um sorriso enorme se espalhou pelo rosto dele. "Esta noite?"

"Esta noite", eu assenti e sorri.